BNDES deve socorrer agro, afirma Ministro da Agricultura
Publicado em: 06/02/2024
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai ampliar recursos para o agronegócio. “O BNDES está preparando anúncios. Medidas estruturantes virão depois do levantamento da equipe econômica de endividamento do setor e custos”, disse Fávaro, após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Fávaro se reunirá com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante no Rio de Janeiro.
Conforme informado pelo Estadão/Broadcast, há expectativa de que o BNDES anuncie um novo aporte de R$ 4 bilhões para financiamento de investimentos agropecuários dentro da linha BNDES Crédito Rural, com custo fixo em dólares americanos (TFBD). O banco de fomento também deve criar uma linha dolarizada para custeio agropecuário, com recursos voltados diretamente a produtores afetados pela quebra de safra ou a revendas para refinanciarem o custeio.
O ministro disse ter apresentado a Haddad um cenário do agronegócio, que, segundo ele, vive um momento de endividamento, preços achatados e safra menor. Segundo Fávaro, a equipe econômica se comprometeu a fazer uma análise dos dados do setor logo depois que um diagnóstico sobre o agronegócio for apresentado ao presidente da república. Fávaro disse também que elevar o preço mínimo da soja seria um contrassenso à queda do custo de produção. “O preço mínimo é baseado no custo de produção. O custo de produção vem caindo, não na velocidade necessária, mas já vem caindo. Falar em subir preço mínimo é contrassenso, porque esperamos que o custo venha menor ainda.”
O titular da pasta da Agricultura lembrou que o custo de produção das commodities não acompanhou a queda acentuada dos preços dos grãos e alimentos. Uma eventual elevação do preço mínimo da soja vem sendo pedida por entidades do setor produtivo com o argumento de impulsionar as cotações da oleaginosa no mercado interno. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil apresentará a demanda ao ministério. A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) reforçou o pleito em ofício ao governo.
Fonte: Uol com informações do jornal O Estado de S. Paulo