Ocesc preocupada com doença de Newcastle
Publicado em: 24/07/2024
A Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC) associou-se às entidades do agronegócio preocupadas com os efeitos da confirmação do foco de Doença de Newcastle (DNC) no município gaúcho de Anta Gorda. O presidente da OCESC Vanir Zanatta destacou o empenho da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) que, em primeira hora, adotou ações sanitárias específicas visando garantir a proteção do estado e dar segurança aos países importadores. O dirigente alertou sobre as grandes perdas econômicas que a doença pode causar com a restrição no comércio internacional, com a suspensão das exportações de aves, carnes e outros produtos avícolas.
Entre as ações colocadas em prática estão a análise da movimentação animal e produtos de origem animal oriundos da região do foco, o direcionamento da atividade de vigilância ativa em propriedades que receberam animais daquela região nos últimos 30 dias, e orientação aos Postos de Fiscalização Agropecuária da divisa sul para desinfecção de todos os veículos provenientes da região do foco.
Os médicos-veterinários da Cidasc também foram orientados a manter a avaliação criteriosa nos atendimentos de casos suspeitos de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves (SRN), na qual a Doença de Newcastle (DNC) e a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) são enquadradas. Além de intensificar as orientações durante as vigilâncias e certificações de rotina, tanto em plantéis de aves comerciais quanto em aves de subsistência, além da importância da biosseguridade na prevenção das doenças das aves.
O presidente da OCESC lembra que “nosso Estado tornou-se uma ilha de sanidade no Brasil, demonstrando possuir um dos mais confiáveis sistemas sanitários do país”. Essa condição resultou de esforços dos produtores rurais, das agroindústrias e do governo e deve ser preservado por um eficiente sistema de vigilância sanitária e atenção veterinária.
Zanatta assinala que o resultado do esforço dos avicultores em adequar os processos de produção ao longo de todos esses anos tem reconhecimento internacional. Santa Catarina é o segundo maior exportador de carne de frango do Brasil, e isso se deve, em grande parte, à implementação das normas de biosseguridade na avicultura comercial e ao trabalho da Cidasc, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que desempenham um papel essencial na execução das ações normativas que incluem a biosseguridade como uma ferramenta essencial para impedir a entrada de doenças que possam afetar a produção catarinense. A transmissão dessas doenças ocorre pelo ar, água, alimentos e materiais contaminados, além do contato com aves doentes e de vida livre. A biosseguridade tem por objetivo prevenir a transmissão por meio de medidas como a cloração da água de dessedentação das aves, restrição de acesso de pessoas e materiais nas granjas, e principalmente evitar o contato de aves de vida livre com as aves de produção. É causada pela infecção por vírus pertencente ao grupo Paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), virulento em aves de produção comercial.
Fonte: Sistema Ocesc