Empresa rural migra da bovinocultura leiteira para olericultura

Publicado em: 02/08/2024

Resiliência, flexibilidade, resolução de problemas, percepção dos sinais do mercado, perseverança, criatividade, busca por atualização, capacidade de enfrentar riscos e incertezas. Essas são algumas habilidades empreendedoras que marcam a trajetória da empresa rural Novo Horizonte Hortifruti, localizada na Linha Aparecida, no município de Iporã do Oeste, no Extremo-Oeste catarinense.

A família Roth trabalhava com a bovinocultura leiteira até 2016, porém, com o diagnóstico de tuberculose no rebanho precisou parar com a atividade. A decisão em recomeçar em outra área de atuação na propriedade rural foi tomada com o suporte das constantes capacitações em que participam. Neste período, por exemplo, Dulce Follmann Roth (61 anos de idade) esposa do empreendedor Inácio Roth (61 anos de idade) participava do Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) – do Governo Federal, que era administrado na região pela Cooperoeste (São Miguel do Oeste) –, para produção de frutas e verduras em pomares e hortas domésticas. Motivados com a aquisição dos novos conhecimentos, das vivências com as novas experiências e pela necessidade financeira de manter a propriedade rural e o sustento familiar, iniciaram na produção de olerícolas.

“É uma atividade que demanda pouco investimento inicial e foi a partir dela que a família Roth teve um ‘Novo Horizonte’”, relembra o genro dos empreendedores, Cleison Felipe Wolfart (24 anos) ao explicar também sobre a origem do nome do novo negócio. De acordo com ele, se os desafios fazem parte da rotina de qualquer atividade econômica, ao mudar totalmente de ramo eles se multiplicam. “Os principais foram a falta de conhecimento técnico na atividade como as maneiras eficazes de produzir alimentos mais saudáveis e os recursos para realizar os investimentos iniciais necessários e os posteriores. Também tiveram dificuldade para definir o que produzir, para quem vender, a origem das mudas, a precificação, além dos procedimentos burocráticos para produção e comercialização”, recorda.

Logo após o início da atividade olerícola, Inácio e sua filha mais velha Jucelaine (que já não está mais na propriedade), participaram do curso Negócio Certo Rural, no Sebrae/SC. Essa iniciativa busca auxiliar o produtor a compreender os conceitos de planejamento e administração dos negócios rurais, abrangendo conteúdos básicos relacionados ao diagnóstico da propriedade, à seleção de ideias de negócios, à análise de viabilidade, à gestão da produção e ao processo de comercialização, com foco no empreendedorismo. Durante o curso a família elaborou um estudo de viabilidade de duas atividades, sendo que uma era de criação de novilhas e a outra produção de verduras e conservas. 

Fonte: MB Comunicação