Federação das Indústrias defende desembarque de cargas industriais no Porto de São Francisco
Publicado em: 30/08/2024
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), em ofício enviado à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), manifestou sua preocupação com alterações nas regras de operação do Porto de São Francisco do Sul. Para a entidade, é vital manter-se, minimamente, o atendimento do setor industrial e garantir que todos os setores da economia catarinense possam seguir com seu planejamento. No documento, a Federação aponta que a priorização de fertilizantes nos desembarques no porto pode levar ao desbalanceamento da operação portuária, impactando negativamente todo o ecossistema econômico.
O presidente Fiesc Mario Aguiar destaca que o cenário de atrasos na atracação no Porto de São Francisco do Sul comprova a situação preocupante dos complexos portuários em Santa Catarina. “É grave não termos perspectivas de solução no curto prazo. São necessários investimentos relevantes urgentes para adequar nossos portos e permitir que navios maiores possam acessar os terminais, melhorando a eficiência”, explica. “Mas a realidade é que ainda temos que batalhar pelo mínimo, pelas condições básicas e indispensáveis, como filas de espera de navios e dragagem de manutenção do acesso ao complexo de Itajaí, por exemplo”, destaca. “Esses problemas se somam a acessos rodoviários precários, também necessitando de investimentos. A situação da infraestrutura e logística em SC é precária, com reflexos no comércio exterior de todo o Brasil. Santa Catarina não merece essa situação.”
Por sua vez, o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de SC, Vanir Zanatta, defende uma fila única por ordem de chegada dos navios no porto, sem preferencialismo por A ou B. Hoje, existe uma regra de que, para cada navio de carga geral, devem atracar três de fertilizantes, mas na prática isso não vem acontecendo, segundo os importadores de fertilizantes. Tem havido preferências para outros setores que não são fertilizantes. Zanatta defende a isonomia de tratamento, sem preferências políticas ou econômicas, para atender todos os segmentos que são usuários do porto.
Fonte: Fiesc com adição de Fecoagro