Cooperalfa recebe cooperativas do agro brasileiro
Publicado em: 16/10/2024
A Cooperalfa, de Chapecó-SC, foi sede do evento de encerramento do terceiro módulo do programa de relacionamento Bayer Coopera+ Transformação 2024, com a participação de 85 líderes de 38 cooperativas do agro brasileiro.
“Esse grupo vem transformando a agricultura do Brasil e o nosso objetivo é somar frente aos desafios do crescimento rápido do mercado do cooperativismo no setor”, declarou Eric Kersul, líder de negócios Bayer CP Unit Sul.
No auditório da matriz Alfa, a Direção Executiva apresentou o case da cooperativa e tirou dúvidas dos participantes com relação as suas atividades de negócios e estratégias de mercado. O presidente Romeo Bet enalteceu a parceria Alfa e Bayer e disse que juntos somam-se forças na busca da agregação de valor aos negócios dos cooperados, os verdadeiros donos da cooperativa. “A Alfa está de portas abertas para a inovação e desenvolvimento de tecnologias que dão sustentação às famílias associadas”.
O 1o vice-presidente da Cooperalfa, Cládis Jorge Furlanetto, apresentou a distribuição das receitas da cooperativa, por área de negócio, e destacou a diversificação como um importante modelo de sustentação econômica. “Para 2025 a meta é atingir a marca dos R$ 10 bi de faturamento”.
O 2o vice Edilamar Wons apresentou os principais fatos históricos de incorporações, que marcaram a expansão da cooperativa para novas regiões, falou da estrutura atual e dos programas educacionais e de desenvolvimento cooperativista, como Alfa Mulher e Alfa Jovem. “Completamos dia 29 de outubro 57 anos de Cooperalfa, com um quadro de 22.907 famílias associadas e 4.260 colaboradores”.
O evento de encerramento do último Módulo do Programa Transformação foi marcado pela palestra magna com o professor do INSPER, Marcos Jank, trazendo um panorama geral sobre tudo que vimos de mercado até agora e suas perspectivas para o agronegócio. Ele iniciou a sua apresentação enaltecendo a Alfa e o seu posicionamento de destaque entre as maiores cooperativas do Brasil. “Contribuindo para o movimento da proteína, que nos torna competitivos globalmente”.
Jank mencionou a complexidade do mercado global e lembrou que “apesar de estarmos aqui no interior, o nosso cliente está na Ásia e cada vez mais dependemos do cliente internacional”. Ele também explicou a volatilidade dos preços das commodities agrícolas, de modo especial a partir de 2020, influenciados pelos efeitos mundiais da pandemia, guerras, clima, inflação e geopolítica. Aliás, observou o palestrante, o clima é uma surpresa permanente e protagonista no movimento da montanha russa dos preços dos alimentos.
Sobre a baixa acentuada dos preços dos grãos, Jank explicou: “estamos voltando a normalidade do mercado, desarranjando o mercado do agro. Apesar dos fatores depreciativos sofridos pelo setor nos últimos anos, existe forte otimismo com relação ao agro brasileiro. O Brasil é o terceiro maior exportador do mundo e a China é o “nosso” maior cliente”.
Diante disso, defende o professor Marcos, é necessário diminuir essa dependência e buscar novas oportunidades, como Índia e Ásia que estão crescendo bem. “As cooperativas, por meio da intercooperação, precisam se organizar, criar uma coordenação para lidar com o mundo e chegar lá”.
Fonte: Cooperalfa