Agro catarinense deve perder mais de R$ 3 bilhões com as enchentes
Publicado em: 21/11/2023
A agropecuária catarinense deve perder mais de R$ 3 bilhões, incluindo lavouras, animais, equipamentos, instalações e outros prejuízos causados pelas enchentes em SC. A região mais afetada foi o Alto Vale do Itajaí, mas também houve registros de enchentes e vendavais no oeste, meio-oeste, planalto norte, serra e sul de SC. O governo do estado ainda está avaliando os prejuízos.
A Secretaria da Agricultura, em um relatório de 10 de novembro, já identificou prejuízos de R$ 1.76 bilhões. Desde então, os danos aumentaram. Em um documento enviado ao governador, a secretaria relatou que as maiores perdas estão nas lavouras temporárias, totalizando R$ 1.45 bilhão, com a região do Alto Vale apresentando um prejuízo de R$ 642 milhões.
A cooperativa Cravil liderou o levantamento das perdas na região, informando que foram perdidos 60% das lavouras de trigo, 30% das lavouras de arroz e 40% das lavouras de milho para silagem na pecuária leiteira. Este relatório foi apresentado ao secretário da Agricultura, Valdir Colatto, e foi assinado pelas entidades do setor, apresentando 10 reivindicações para auxiliar os agricultores afetados. Entre elas, estão a solicitação de mais quotas do programa Terra Boa para o replantio, subsídios para sementes de arroz, kits para produção leiteira, entre outros.
A Secretaria da Agricultura já anunciou algumas medidas para ajudar os agricultores: prorrogação dos financiamentos do FDR, subvenção de juros para os produtores de leite, realocação dos recursos do calcário para subsidiar sementes de arroz e milho, recursos do Fundesa para quem perdeu animais, subsídios de juros em projetos de investimento, prorrogação das dívidas no BRDE, prorrogação dos prazos das licenças ambientais e gestões junto ao governo federal para a liberação de recursos aos afetados.
No sistema cooperativo também foram registrados prejuízos. A Ocesc ficou encarregada de levantar os valores em cada cooperativa com dados de cada região.
O presidente da Ocesc, Luiz Vicente Suzin, comentou sobre a situação atual no meio rural em decorrência das enchentes.
Fonte: Secretaria da Agricultura/Cravil/Fecoagro