Assinatura de nova etapa do projeto de ferrovias

Publicado em: 21/02/2024

Aconteceu em Nonoai, no RS, o Simpósio de logística e integração do Rio Grande do Sul a Nova Ferroeste. O objetivo do encontro foi discutir e promover a importância estratégica de ligação direta das cadeias produtivas ao menor custo logístico. A programação contou com um painel de exposição sobre a NOVA FERROESTE e a assinatura do Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA). O evento teve o apoio pela Associação Comercial, Cultural, Industrial, Serviços e Agropecuária de Nonoai (ACISA), Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Movimento Pró-Ferrovias e Governo Municipal de Nonoai. 

O projeto da Nova Ferroeste surgiu a partir da sinergia logística entre o Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. A conexão desses três estados por trilhos vai permitir a redução do custo logístico em cerca de 30% e garantir o trânsito de mercadorias para consumo interno, e principalmente, para exportação.  Ao todo serão 1.567 km de trilhos que vão passar por 66 municípios. A linha principal vai conectar Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná. Estão previstos ainda dois ramais: um deles liga Cascavel a Foz do Iguaçu, permitindo a captação de carga da Argentina e Paraguai e o outro entre Cascavel e Chapecó, um dos maiores redutos da produção de proteína animal do país. Em quase todas as cidades ao longo da estrada ferro, o traçado desvia os centros urbanos e passa distante das áreas em desenvolvimento.   

O Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental indicou a circulação de 38 milhões de toneladas de grãos e contêineres no primeiro ano de operação da ferrovia. Deste total, 26 milhões devem seguir com destino à exportação, tornando essa malha ferroviária o segundo maior corredor de grãos e contêineres refrigerados do país.  Entre os principais produtos estão grãos, soja e milho, e proteína animal processada e congelada.  A intenção é colocar a ferrovia em leilão na Bolsa de Valores do Brasil, com sede em São Paulo. A empresa ou consórcio que vencer a concorrência será responsável pelas obras e poderá explorar a ferrovia por 99 anos (renováveis).  

O edital tem como cláusula obrigatória o início da operação entre Cascavel e Paranaguá sete anos após a assinatura do contrato. O valor a ser investido neste trecho da ferrovia é estimado em R$ 11,5 BI (sem material rodante). A ordem de execução das ligações com o Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Foz do Iguaçu será definida pelo empreendedor, o orçamento atual é de R$ 21,3 BI. 

Fonte: MB Comunicação