Faesc estimula a produção do novilho precoce em SC
Publicado em: 19/07/2023
O Programa do Novilho Precoce, criado para aprimorar a bovinocultura de corte em Santa Catarina, repassou, em 2022, incentivos financeiros no valor de R$ 24,3 milhões para 4.513 propriedades rurais e 23 frigoríficos cadastrados. Esse programa foi resultado de uma solicitação da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc).
O Programa do Novilho Precoce foi estabelecido pela Lei 9.193, de 28/07/93, de autoria do atual presidente da Faesc, na época deputado estadual José Zeferino Pedrozo, e foi regulamentado cinco anos depois pelo Decreto 2.908, de 26/05/98. A lei autoriza incentivos fiscais de 50% de redução no ICMS sobre a venda de novilhos. Atualmente, a legislação define que o novilho precoce é aquele abatido até os 30 meses, com até 4 dentes incisivos e peso vivo de 210 kg para fêmeas e 240 kg para machos. Esses novilhos recebem incentivos de 2,8%.
Um aprimoramento da lei permitiu o surgimento da categoria novilho superprecoce, que é abatido com dois dentes e até 20 meses de idade, peso de 180 kg para fêmeas e 210 kg para machos. Para essa categoria, o incentivo é de 3,5%. As características da carne do novilho precoce se destacam por ser proveniente de animais mais jovens, tornando-a mais marmorizada, saborosa e macia. Para se inscrever no programa, o criador deve procurar um escritório da CIDASC para realizar o cadastramento, sem custos.
O vice-presidente de finanças da Faesc, Antônio Marcos Pagani de Souza, avalia que o Programa do Novilho Precoce em Santa Catarina possui grandes expectativas de expansão e crescimento. Muitos produtores investiram em melhoria genética, utilizando raças britânicas em seus cruzamentos, aprimorando as pastagens e trabalhando com a integração lavoura-pecuária.
Dessa forma, grande parte dos animais é abatida até os 30 meses de idade, podendo usufruir dos incentivos do programa. O dirigente observa que o Governo Estadual tem cumprido com seus compromissos, pagando os incentivos diretamente aos produtores e frigoríficos. Apesar de Santa Catarina ser um grande produtor mundial de aves e suínos, ainda não alcançou a autossuficiência na produção de carne bovina. Por esse motivo, a Faesc trabalha para uma maior participação dos frigoríficos e produtores, a fim de identificar, diferenciar e valorizar o produto no varejo, buscando aumentar a oferta e o consumo.
Fonte: MB Comunicação
Foto: Divulgação/Arquivo OPR