Lançado Plano Safra 2024/2025; no geral agradou o setor
Publicado em: 08/07/2024
O Governo Federal anunciou nesta semana o novo Plano Safra para o período 2024/2025. Para financiar a agricultura empresarial, serão destinados R$ 400,6 bilhões de crédito, sendo R$ 293,9 bilhões para custeio e comercialização e R$ 106,7 bilhões para investimentos. Para a agricultura familiar, serão disponibilizados R$ 85,7 bilhões, dos quais cerca de R$ 76 bilhões são para crédito rural. Os principais destaques são o financiamento de máquinas agrícolas de pequeno porte, a ampliação do microcrédito rural e a criação de fundos que ampliam o acesso ao crédito, como o Fampe.
Já para financiar a agricultura empresarial, serão destinados R$ 400,6 bilhões de crédito, sendo R$ 293,9 bilhões para custeio e comercialização e R$ 106,7 bilhões para investimentos. O valor total (R$ 475,5 bilhões) será o maior da história, superando o recorde anterior de R$ 445,8 bilhões na última safra.
No total, os planos atingirão R$ 475,5 bilhões, um valor maior do que na última safra, mas menos do que o setor solicitado pelas entidades do agro, que era de R$ 558 bilhões.
Dos recursos destinados ao crédito rural, R$ 123,86 bilhões serão aplicados a taxas de juros controladas, o que corresponde a 30,92% do volume total dos recursos. Já os recursos que representam 69,08%, um percentual compatível com R$ 211,50 bilhões em recursos, poderão ser utilizados para custeio e investimento a uma taxa de 8% a.a.
Para as linhas voltadas aos demais produtores e cooperativas, o montante de recursos será de R$ 335,36 bilhões, podendo ser contratados para custeio a uma taxa de 12% e investimento em taxas que variam de 7,0% a.a. até 11,5% ao ano.
O antigo Programa ABC+ foi substituído pelo Renova-Agro na safra 2023/24. Limites por beneficiário, diferentes modalidades, 23/24 e 24/25. De maneira geral, as taxas de juros, divulgadas até o momento, se mantiveram para o Plano Safra 2024/25 em relação à safra 23/24.
Para o Prodecoop – Programa de Desenvolvimento do Cooperativismo, neste plano houve uma redução de 5,3% em relação ao ofertado no plano anterior. Está previsto recursos de R$ 1,8 bilhões. No anterior, era de R$ 1,9 bilhões. A taxa de juro continua igual, ou seja, 11,5% ao ano.
Em resumo, as informações publicadas durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura e Pecuária 2024/2025, divulgadas, referem-se apenas às diretrizes gerais da política agrícola que o governo pretende implementar. Os impactos em maior nível operacional só poderão ser efetivamente avaliados após a adequada avaliação das resoluções do CMN, aderentes ao Plano.
De modo geral, as lideranças do agro de SC consideraram um plano bom, embora os juros controlados, ou seja, que têm subsídios, estejam aquém do esperado, principalmente porque a taxa Selic caiu, mas os juros para a agricultura empresarial, não.
Para o presidente da OCESC, Vanir Zanatta, o plano deveria contemplar maior volume de recursos para o seguro rural, para evitar que, em caso de intempérie, os agricultores tenham que pedir recursos aos governos. Ele também criticou a existência de dois planos, defendendo um único, para agricultura empresarial e agricultura familiar.
O presidente da Fecoagro, Arno Pandolfo, considerou um plano bom, especialmente para a agricultora familiar.
Já o presidente da Federação da Agricultura, Jose Zeferino Pedrozo, reclamou do volume liberado se comparado com o que foi solicitado pelas entidades do setor. Também criticou a redução dos recursos para o seguro rural.
Para o presidente da Fetaesc – Federação dos Trabalhadores na Agricultura de SC, José Walter Dresch, o Plano Safra melhorou alguns tópicos para a agricultura familiar. Embora destaque que o valor liberado foi um pouco menor do que o solicitado, entende que houve alguns avanços para os pequenos agricultores.
Fonte: Fecoagro