Nova lei dos agrotóxicos continua emperrada na Câmara Federal
Publicado em: 21/05/2018
A semana que passou foi de discussão sobre a nova lei de registros de agrotóxicos na Câmara dos Deputados. A Comissão que trata do assunto tentou avançar com a aprovação da lei que pretende facilitar os registros de agroquímicos, mas parlamentares ligados à esquerda estão fazendo de tudo para impedir a votação.
A imprensa também está dividida sobre a nova norma. Enquanto uma parte da mídia dá mais destaque às vantagens da mudança da legislação para modernizar o uso dos defensivos sem prejudicar a saúde da população; outra parte da mídia leia-se rede Globo, ataca sob o argumento de risco à saúde pública. Especialistas dizem que mudar a lei só trará benefícios, mas existe uma camada de formadores de opinião que prefere acreditar no pior.
O deputado Valdir Colatto, que é engenheiro agrônomo, defende a aprovação da lei; e se pronunciou na Comissão da Câmara e explicou didaticamente o que significa agrotóxicos. Ele disse que está havendo muita confusão sobre o conhecimento dos produtos fitossanitários. Lembrou que a exemplo do médico que receita remédio ao paciente; o veterinário, medicamentos para animais; os agrônomos são quem receitam produtos para defender as plantas. Os demais receituários podem e no caso dos agrônomos é veneno? Também é remédio. Veneno para os insetos e não para as plantas, destaca Colatto.
Disse que se trata de interpretação equivocada e que nenhum agrônomo vai recomendar produtos que faça mal a saúde, até porque o mercado internacional não aceita produtos com excesso de agroquímicos, portanto para o Brasil exportar não tem sentido defender uso inadequado desses defensivos. Há necessidade de aprovar essa lei, diz Colatto, para facilitar a aprovar mais rapidamente outros defensivos para defender as plantas e garantir a produção de alimentos para a população, porque se o agricultor não planta a cidade não almoça, nem janta, realçou o parlamentar catarinense.
Fonte: Fecoagro