Novo chefe do Incra em SC minimiza ações do MST
Publicado em: 24/04/2023
O novo superintendência estadual do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em SC, ex-deputado estadual Dirceu Dresch promete que sob sua gestão serão feitos investimentos na estrutura dos assentamentos existentes em Santa Catarina, mas também que novas famílias poderão trabalhar em terras reempossadas pelo Estado. Para o ex-deputado, o investimento significa maior seguridade à produção alimentar – e também uma simbiose com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que faz o papel de “pressionar”, enquanto o governo “faz política”.
Dresch se diz satisfeito em “ajudar a construir a política de reforma agrária” a partir do fortalecimento dos assentamentos em Santa Catarina. Até o momento, são 5 mil famílias assentadas e há perspectiva de que o número aumente durante a gestão.
“Faremos um trabalho coletivo dentro do Incra. Temos uma equipe grande, capacitada, e queremos fortalecer o trabalho pois não nos é incumbido apenas os assentados, mas qualquer coisa relacionada à terra. O assentado também é agricultor. Tem muitas áreas públicas que faremos um levantamento para ver a possibilidade de assentar mais agricultores. Ainda, vamos auxiliar todos os agricultores que se encontram em área de conflito. Isso é: tinham as terras, mas bancos públicos ou privados tiveram que assumir por causa de dívidas. Faremos uma busca por essas áreas’.
O superintendente acredita que é preciso que o governo federal continue fazendo aquilo “que foi eleito para fazer” numa simbiose com os movimentos sociais. Dresch ressalta, no entanto, que o órgão se trata de uma entidade pública, não um movimento. Nós somos um órgão público, não um movimento.
“Então temos a obrigação de lidar com os desafios que a sociedade propõe. Hoje estou numa instituição responsável de Estado que tem um governo que faz política. Com certeza o governo Lula tem uma preocupação grande com produção de alimentos e combate à fome e, por isso, precisamos dar assistência aos agricultores, fazer reforma agrária e retomar terras não usadas para o papel social. E o movimento faz sua parte, reconheço e entendo que deve fazer seu papel. Ocupa terras que não tem cumprido seu papel social, não terras produtivas. A pressão é papel do movimento social, o governo tem que cumprir a função para qual foi eleito”, concluiu Dresch.
Fonte: Upiara Online.