Poder de compra dos produtores traz melhora em relação ao KCL, mas queda para MAP e ureia
Publicado em: 03/01/2025
Após uma forte queda em 2023, os preços dos fertilizantes passaram por um período de estabilidade no primeiro semestre de 2024, mas apresentaram uma tendência de alta na segunda metade do ano. Essa alta foi impulsionada pelo aumento nos preços de matérias-primas, como o enxofre e o barril de petróleo, além da oferta limitada de MAP (fosfatado). Entre janeiro e outubro de 2024, os preços do MAP acumularam aumentos no Mar Báltico e no porto de Marrocos. O superfosfato triplo também registrou aumento no porto de Casa Blanca. No caso da ureia, o preço subiu no porto do Mar Negro e no Egito.
Apesar da queda acentuada dos preços dos insumos no ano anterior, a estabilização no primeiro semestre foi seguida por aumentos no segundo semestre, refletindo o impacto dos preços elevados das matérias-primas e da desvalorização do Real frente ao dólar.
Entre os fertilizantes, o MAP e a ureia tiveram aumentos expressivos, enquanto o cloreto de potássio (KCl) registrou queda. No mercado interno, a combinação da alta dos preços externos com a desvalorização da moeda brasileira contribuiu para o aumento do custo dos insumos. Como resultado, o poder de compra dos sojicultores em relação à ureia e ao MAP foi prejudicado, enquanto houve uma melhora no poder de compra frente ao KCl.
O relatório também destaca a importância de os produtores monitorarem de perto os indicadores de preços para otimizar a compra de insumos e o planejamento das safras futuras. Além disso, fatores externos, como o conflito na Ucrânia e as flutuações cambiais, continuam a influenciar a dinâmica do mercado de fertilizantes.
Fonte: GlobalFert