Presidente da OCB avalia indicações de ministros com impacto no agro

Publicado em: 16/01/2023

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, avaliou as indicações ministeriais que comandam as pautas de impacto no agronegócio e as expectativas do cooperativismo para este ano. Segundo Márcio, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, é bem quisto pelo segmento pois é um nome conhecido do agronegócio e do cooperativismo brasileiro.

“A divisão da pasta é uma mudança forte. O Fávaro é nosso conhecido e tem apoiado as ações do cooperativismo desde sempre. Ele foi vice-governador de Mato Grosso e presidiu uma cooperativa em Lucas do Rio Verde, então, entende nosso modelo de negócios. Fávaro já está chamando as instituições para conversas e acredito que não teremos dificuldades em avançar em nossas pautas”, disse o presidente.

Em relação às pastas do Desenvolvimento Agrário e da Pesca e Aquicultura, criadas a partir do desmembramento do Ministério da Agricultura, o presidente explicou que ainda há muitas discussões e dúvidas no setor. “No entanto, essa é apenas uma zona nebulosa neste momento de transição. Da nossa parte, queremos construir pontes e buscar um relacionamento com bom diálogo que garanta aos agricultores cooperativistas uma interlocução com o novo governo”.

Sobre a queda do Produto Interno Bruto (PIB) em todo o mundo, o presidente explicou que as cooperativas dos Ramos Agro e Crédito poderão ter algumas dificuldades de mercado com as exportações. “Precisamos ser mais competitivos e competentes para garantir a continuidade do crescimento dos números do coop como vem acontecendo nos últimos anos. Temos que tomar espaços para garantir a liquidez de nossos produtos e acreditamos que agropecuária brasileira fará frente a este desafio”.

Questionado sobre os atos antidemocráticos e a atribuição de responsabilidade aos grandes nomes do agronegócio, Márcio disse considerar que se tratou de uma fala no calor da emoção. “O agricultor de um modo geral tem uma tendência conservadora e resistente a mudanças no aspecto político. Acho que não é hora de estender a corda e espichar as posições, até porque o presidente tem consciência da grandeza do agro. Acredito que não é o pensamento efetivo do governo e acho que a compreensão vai prevalecer de ambos os lados”.

O presidente da OCB reforçou que o cooperativismo tem as mesmas missões de governos sérios: levar o bem e a prosperidade para as pessoas. “Temos que ter compreensão e paciência neste momento de tensões acirradas para superar desafios e construir pontes e caminhos para criar ambientes favoráveis para o cooperativismo. Isto se faz com governos, mas também com a iniciativa privada e outras entidades, que colaboram para a construção de um ambiente de permanência e desenvolvimento do nosso negócio”.

Fonte: Sistema OCB (Foto: presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas).