Custo de produção bate recorde, impulsionado pelos preços dos fertilizantes

Relatório do CEPEA/ESALQ, traz um novo estudo realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada que mostra que o custo de produção do milho segunda safra em Mato Grosso e Paraná, os dois principais estados produtores do país, saltou de 36% para quase 75% entre maio de 2021 e abril de 2022. O principal motivo do aumento foi o elevado custo dos fertilizantes.

Em maio de 2021, os produtores gastaram 41,26 sacas de milho para produzir um hectare em Mato Grosso. Esse custo operacional aumentou para 64,31 sacas/ha em abril deste ano, ou quase 56% a mais de um período para o outro. Os gastos com fertilizantes, neste caso, passaram de 11,2 sacas de milho por hectare para 24,54 sacas/ha, um incremento de quase 120%.

No Paraná, o aumento dos custos foi sentido ainda mais pelos agricultores. Enquanto em maio de 2021, os produtores precisavam de 36,25 sacas de milho por hectare, agora precisam de 63,27 sacas/ha, um aumento de 74,5%. Além disso, os gastos com fertilizantes utilizados no milho no Paraná também foram maiores, saltando de 10,32 sacas do cereal por hectare para 26 sacas/ha em abril de 2022, mais de 150% entre os dois períodos.

A publicação aponta que a moeda brasileira enfraquecida, o real brasileiro, influenciará os custos de produção e os números de exportação.

Enquanto a importação de insumos, como fertilizantes, ficará cada vez mais cara com uma moeda mais fraca, os produtores brasileiros podem encontrar uma oportunidade de lucrar com exportações maiores, caso os preços do milho continuem altos nos mercados internacionais. A pesquisa Focus do Banco Central prevê que o real será de R$ 5,05 para o dólar em 2022 e R$ 5,10 para o dólar em 2023.

Fonte: Avicultura Industrial.

 

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