O que o agro espera dos próximos governantes

Por Ivan Ramos diretor executivo da Fecoagro/SC.

Passados os primeiros quinze dias após o pleito eleitoral no Brasil, apesar dos ressentimentos que ficaram e as feridas expostas entre as partes concorrentes, começam a se acomodar as coisas, mesmo que a contragosto de muita gente que não concorda, nem tanto pelos resultados das urnas mas, principalmente, da forma que foi conduzido o processo eleitoral por parte da Justiça, fazendo prevalecer aquela máxima que diz: ”aos amigos, as benesses da Lei, aos inimigos, os rigores da Lei”. Embora contrariados, diante da realidade atual no país, mesmo com manifestações democráticas da população, há que se reconhecer, que manda quem pode e obedece quem tem juízo.

E o agro o que espera dos próximos governos? Em nível nacional, pelo menos bom senso. O reconhecimento que o agro é importante para o país e para o mundo. Que já deu provas que contribui para a geração de empregos, nos campos e nas cidades, e que não parou nem na pandemia, assegurando e  produzindo alimentos e  a movimentação que econômica que qualquer país precisa para gerar impostos e manter a máquina pública e as ações sociais. O agro brasileiro não quer protecionismo, nem assistencialismo. Quer segurança jurídica e condições de produzir. O agro não é só produção para exportação. O agro é alimento com tecnologia, com ciência, com produtividade, com rentabilidade. O agro não faz diferença nem de produtos, nem de produtores. Pequenos, médios ou grandes produtores, de produtos ecológicos ou convencionais, todos são importantes no agro. Existe espaço e mercado para todos, portanto, não pode haver divisões e cabe a qualquer governo reconhecer e apoiar isso. Portanto, o que se espera do novo governo do país, são ações para a paz no campo, não conflitos como outrora.

E do governo catarinense o que se aguarda? Em princípio mais otimismo. O governador eleito, em sua campanha eleitoral foi bastante incisivo em defesa do agro e do cooperativismo. Todas as proposições foram apresentadas pelo setor ao candidato, Jorginho Mello, que assumiu oficialmente e integralmente o compromisso de atendê-las. E disse mais. Incluiu outras ações que pretende implementar. No documento assinado e enviado às entidades do agro de SC, na sua introdução, Jorginho disse textualmente: “Reafi­rmo meu compromisso com as entidades integrantes do setor AGRO e do COOPERATIVISMO de Santa Catarina que apresentaram sugestões para inclusão em nosso Plano de Governo. Além dos 20 pedidos recebidos pelas lideranças e instituições que assinaram a carta de reivindicações, incluímos os programas Pronampe Rural e o Safra Garantida para tornar ainda mais forte o AGRO Catarinense”, disse o governador eleito. Portanto, compromisso firmado. Nos nossos próximos comentários, vamos esmiuçar todas as propostas assumidas pelo novo governador de SC no setor agropecuário, para que todos possamos acompanhar as ações a partir de 2023. Só assim estaremos dando transparência do governo, para que possa ser cobrado pelos nossos produtores rurais. Pense nisso.

Fonte: Fecoagro/SC.

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