Setor agro preocupado com nova lei catarinense que tabela preço do leite

Atendendo solicitação do Sindicato das Indústrias de Laticínios de SC, as entidades que fazem parte do setor agro catarinense, se reuniram virtualmente na última sexta-feira, para discutir as consequências da nova Lei 0135/2016, que foi aprovada na Assembleia Legislativa de SC, que praticamente tabela o preço do leite em nível do produtor, sem considerar a variação do mercado do produto.

O projeto do deputado Neodi Saretta foi apresentado à Alesc em 2016, e depois foi atualizado pela deputada Marlene Fengler em 2019, tendo ficado parado até este ano, e que foi aprovado na semana que passou, junto com os demais projetos deliberado na Assembleia. A lei determina que as indústrias de laticínios já definam o preço do leite ao produtor no mês anterior ao da entrega. A indústria argumenta que isso não é possível, pois o mercado do leite é muito volátil e não há como garantir preço antes do receber do produto.

Os representantes dos produtores, dizem que há necessidade de se encontrar uma forma de garantir ao produtor um preço mais justo, considerando os custos de produção, por isso consideram que a lei poderia ser melhorada, para atender as duas partes. Após acirrada discussão, as entidades do agro resolveram recomendar ao secretário da Agricultura Ricardo Miotto, que discuta o assunto e ouça as entidades para procurar uma maneira de quando for regulamentada a lei, seja contemplado os produtores e as indústrias. Não há como estabelecer preço fixo do leite no mês anterior, mas também precisa ser considerado o custo para produzir o leite, e deve ser encontrado uma fórmula que atenda aos dois setores, produtores e indústrias.

Participaram da reunião os presidentes da Faesc e da Fetaesc, respectivamente José Zeferino Pedrozo e José Walter Dresch; o superintendente da Ocesc, Neivo Panho; o diretor executivo da Fecoagro, Ivan Ramos; o presidente e vice-presidente do Sindileite, respectivamente Selvino Giesel e Valter Antônio Brandalise, e como convidado, representando o secretário da Agricultura Ricardo Miotto, o diretor de Agronegócio e  Cooperativismo, Leo Groth e a diretoria de Qualidade e Defesa Agropecuária, Daniela Carneiro do Carmo.

Fonte: Fecoagro/SC.

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