Que venha 2023!

Por Ivan Ramos diretor executivo da Fecoagro/SC.

Já estamos em 2023, e com ele as esperanças que a vida sempre nos oferece. Não é só flores que existem nos jardins da nossa vida! Existem espinhos, pragas, e intempéries, mas também tem perfumes. O agricultor catarinense e brasileiro, como sempre, continua disposto a enfrentar tudo o que a vida oferece. É um herói, supera tudo e parte para outra. Já diz o ditado: Ano Novo, vida nova! Vamos nos adaptar à realidade atual. Certamente muita gente não entrou o ano como gostaria, mas agora temos que tocar o banco, ir à luta com as armas que dispomos.

No agro, o novo secretário da Agricultura, Valdir Colatto, entra no governo com disposição de fazer algumas mudanças. Novos projetos, melhorias dos atuais, nova equipe, em busca do sucesso do setor agropecuário e, principalmente, do agricultor. Entre as novidades, defende o programa de apoio ao seguro rural para proteção de uma renda mínima ao agricultor.

O que pretende implementar, parece ser a bandeira principal do novo governo na nossa área. É justa e necessária. O agricultor precisa ter segurança. Como está sempre exposto a riscos climáticos, e  de mercado, precisa ter uma garantia da renda pelo menos daquilo que investiu. O seguro é fundamental, mas é caro. O governo do Estado com essa bandeira precisa buscar fontes de recursos para subsidiar o custo. 

A regularização fundiária, também defendida por Colatto, é uma providência importante. O agricultor precisa se tornar dono efetivo do local onde produz, para poder investir e produzir mais. Para essa providência, não se identifica necessidade de volumes expressivos de dinheiro. O Tesouro estadual deve destinar os recursos para essa finalidade; afinal o homem do campo produz e gera tributos aos cofres do Estado.

As dificuldades atuais de  infraestrutura no campo, como energia elétrica, internet, estradas, armazenagem, água etc.,  também são prioridades que já vinham sendo implementadas e precisam ser ampliadas. Também são ações importantes e urgentes para o setor. Basta  que se tenha sensibilidade e bom senso e prioridade nesse rumo.

E em nível federal? Bem, existem muitas dúvidas em função da ideologia do novo governo. Estatizante, de gastar sem ter a fonte para isso.  A indicação dos ministros da área agropecuária ou que têm relação com ela, gerou dúvidas, mas espera-se que o bom senso impere. O desmembramento do Ministério da Agricultura  em quatro, Agricultura – Pesca –  Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário – tende a enfraquecer as forças do agro e não se  sabe se foi o melhor caminho escolhido. Estão fragmentando a agricultura que deveria ser uma só. Mas é um direito dos novos governantes.

O ministro da Agricultura disse na posse, que eles, ministros da área, estarão unidos e vão surpreender. Vamos aguardar. Se essa decisão vai onerar ainda mais os cofres públicos, se vai dar resultado, ou se foi apenas para agradar setores distintos dentro da agropecuária. Veremos mais tarde. O que nos cabe agora é apoiar para que quem estiver no Poder, errar menos, porque a conta sem dúvida virá para a população, no caso, para o agricultor. Não existe janta de graça. Vida nova  e vamos trabalhar, porque esperar que dinheiro vai cair do céu, não acontecerá. Pense nisso.

Fonte: Fecoagro/SC.

 

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