O avanço do cooperativismo catarinense em 2022

Por Ivan Ramos diretor executivo da Fecoagro/SC.

Em tempos de pós-pandemia, onde a sociedade está se arrumando após mais de três anos de insegurança econômica, o cooperativismo de SC mais uma vez  mostra sua contribuição para com a sociedade em geral, não apenas nos aspectos sociais, objetivo principal do setor,  mas para o desenvolvimento econômico, especialmente aos seus integrantes, os cooperados.

Os indicadores publicados pela Ocesc recentemente, mostram avanços impressionantes no nosso cooperativismo. Em termos econômicos  crescemos 21,7 por cento em 2022, representando  sete vezes mais do que o PIB nacional, que ficou em 2,9 por cento. O faturamento do setor como um todo em 2022 ultrapassou de R$ 82,8 bilhões, nas 250 cooperativas de todos os ramos e que fazem parte da Ocesc.

O ramo agropecuário continua sendo o carro chefe da expressão econômica,  atingindo 68 por cento do total.  Em número de associados, registrou-se acréscimo de mais de 422 mil pessoas, físicas  e jurídicas que passaram a integrar o quadro social das cooperativas  – ultrapassando o expressivo número de 3,9 milhões de associados, portanto, mais que a metade da população catarinense.

O maior crescimento em número de associados foi constatado no ramo de crédito, onde só  as 65 cooperativas de todos os sistemas –  isto é – Sicoob-Sicredi-Unicredi-Ailos e Cresol – passaram de 3 milhões de associados no final do ano passado. Elas também se destacaram em maior crescimento nas receitas,  tendo sido registrado  77,3 por cento a mais, embora pelas suas características de atividade não ser o maior valor em receita bruta.  Mas ultrapassaram a cifra de  R$ 15,3 bilhões.

As 49 cooperativas de produção agropecuária existentes em SC, que faturaram R$ 56,5 bilhões,  reúnem 81.629 associados e empregam 57.376 pessoas. Todos os demais ramos existentes em SC têm sua importância e expressão nas atividades a que se propõe. As cooperativas de infraestrutura, mais conhecidas como cooperativas de eletrificação,  registraram no levantamento da Ocesc, 418.504 associados consumidores dos seus serviços, sendo o segundo ramo mais expressivo em número de associados. Já  as 15 cooperativas de consumo reúnem 343 mil associados e atingiram em 2022 faturamento de R$ 1,4 bilhões, cujo crescimento foi de 5.3%, segundo o relatório da Ocesc.

Ainda merece destaque o número de empregos diretos que as 250 cooperativas  catarinenses  garantem. São mais de  88,5 mil famílias que tem seus empregos no cooperativismo. As sobras do exercício apuradas em 2022, ultrapassaram R$ 3,7 bilhões e ao contrário dos demais segmentos econômicos, o destino desse resultado é definido pelos próprios associados, que decidem capitalizar uma parte, e ter seus créditos em conta corrente de outra parte, comprovando que quem mais trabalha com a cooperativa não apenas usufruem dos serviços e produtos no decorrer do ano, mas também participa das sobras lançadas em suas contas no final do exercício.

Ainda cabe um recorte para destacar a expressão dos resultadas das centrais e federações no ramo agropecuário.  Do total de faturamento de todas as cooperativas agropecuárias, aproximadamente 80 por cento, (R$ 44 bilhões) procedem apenas das 11 cooperativas filiadas à Fecoagro e Aurora, sendo que só Aurora, somando as suas atividades fora do Estado, faturou R$ 22 bilhões, E as 10 cooperativas singulares da Fecoagro em SC, e juntas com a própria Fecoagro, faturaram R$ 24 bilhões, ou seja, 43 por cento do total das cooperativas do agro de SC.  Afinal, somos ou não somos importantes na economia e na sociedade catarinense? Será que os associados e as autoridades e políticos reconhecem essa importância? Pense nisso.

Fonte: Fecoagro/SC.

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