A comercialização de fertilizantes neste ano está atrasada, e isso pode inviabilizar as entregas quando na época de aplicação do insumo. Essa conclusão foi tirada de reuniões realizadas pela Fecoagro no final da semana passada, envolvendo os operadores comerciais das cooperativas, e também na reunião do conselho de administração da Fecoagro, integrada pelos presidentes das cooperativas filiadas.
Os agricultores estão retraídos nas aquisições de fertilizantes, esperando que caiam mais os preços, e recupere os preços dos grãos, sem se dar conta, que conforme cai o preço do adubo, também cai o preço dos grãos e pode comprometer a relação de troca.
Durante as duas reuniões promovidas pela Fecoagro, na quinta-feira com os operadores comerciais, e na sexta feira de manhã com os presidentes das cooperativas, ficou claro que o agricultor está na expectativa que os adubos caiam mais o preço para então definir suas compras.
Ocorre que o atraso nas definições, poderá provocar congestionamento nas fábricas e elas não possam produzir toda demanda de fertilizantes em cima da hora, e também o congestionamento nos portos para receber as matérias primas. Com isso, poderá faltar o produto e subir os preços devido à escassez.
O analista Étore Baroni da Consultoria StoneX, que participou das duas reuniões, fez uma exposição do mercado de grãos, destacando que não existe expectativa que os grãos vão reagir, salvo se tiver problemas climáticos nos Estados Unidos, e no momento não há previsão de frustração e consequentemente dificilmente terá mais queda acentuada dos fertilizantes, pois já estão nos patamares históricos do mercado.
O analista do Agro do Banco Itaú, Cezar de Castro, disse no programa Hora H do Agro, da TV Jovempan News que também, não acredita na possibilidade de reação dos preços dos fertilizantes.
Indagado pela apresentadora Kelly Severo, se existe risco do preço do milho cair mais, ele disse:
Fonte: Fecoagro
