Se na safra passada o produtor brasileiro adiantou a compra de insumos com medo de que a oferta rareasse em meio à guerra na Ucrânia, a temporada 2023/24 será marcada pelo adiamento das aquisições. A Farmtech, fintech que financia a compra de insumos agrícolas, estima que 30% das vendas que deveriam ter acontecido no primeiro semestre ficaram para a segunda metade do ano. “A demanda ficou represada com os preços das commodities se reacomodando. Mas, agora, o produtor já está mais confortável para fazer as compras, e o ritmo de negócios deve acelerar nos próximos 30 ou 60 dias”, afirma o CEO da Farmtech, Rafael Pilla.
Segundo o executivo, o produtor irá sobreviver ao momento de baixa, já que é um retorno das margens aos níveis normais. Ele não vê um cenário de inadimplência generalizada ou crise. “É um período de vacas mais magras, mas o produtor capitalizado e profissional é maioria. Olhando o macro, o setor segue muito saudável”, avalia.
A plataforma de compra e venda online de produtos agrícolas Orbia notou um aumento gradativo na procura por insumos em sua plataforma nos últimos 45 dias. “Por estarmos perto da indústria, sabemos que é algo que está ocorrendo no offline também”, diz o CEO da empresa, Ivan Moreno.
Fonte: Globo Rural
