Deputado Pezenti cobra Ministério para que reveja novo calendário do plantio de soja em SC

O novo calendário de semeadura da soja para as safras de 2023 e 2024, estabelecido pela Portaria nº 840 do Ministério da Agricultura, deve causar grandes impactos negativos ao agricultor catarinense. A análise é do deputado federal Rafael Pezenti, que está buscando reverter essa decisão em Brasília. Segundo o parlamentar, a nova regra estabelece um calendário de semeadura de 100 dias corridos para todas as regiões. A data limite para o plantio do grão em Santa Catarina, nesta safra, é de setembro a dezembro de 2023. No entanto, o prazo, segundo ele, não é suficiente. 

Em Santa Catarina, nas regiões mais altas, a colheita da cebola ocorre até meados de janeiro, o que impossibilita antecipar o plantio da soja. A última safra de fumo é retirada no final de janeiro. Como os pequenos agricultores poderão plantar soja se o único terreno disponível estiver ocupado com essas culturas até 29 de dezembro, data limite estipulada pelo governo? E não é apenas o pessoal da cebola e do fumo que é afetado. Aqueles que cultivam feijão na primeira safra e milho para silagem, além da soja, também enfrentam prejuízos. 

O calendário de semeadura é adotado como uma medida fitossanitária complementar ao período de vazio sanitário, com o objetivo de reduzir a presença do inóculo da ferrugem asiática da soja, uma das doenças mais prejudiciais para a cultura. Em Santa Catarina, o vazio sanitário da soja, que dura 90 dias, coincide com o período mais frio do ano, não causando problemas aos produtores. O impasse reside na nova calendarização adotada pelo Governo Federal. Até a última safra, os catarinenses dispunham de 140 dias para o plantio. No entanto, a nova portaria reduziu esse prazo para 100 dias. 

Os produtores catarinenses estão solicitando um prazo que permita o plantio de soja até meados de fevereiro de 2024, para viabilizar o plantio da safrinha posterior. Além de entrar em contato com o Ministério, reforçando o pedido dos Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Vegetal dos três estados do Sul, que buscam um período mais flexível, permitindo o plantio até meados de fevereiro, Pezenti afirma que apresentará um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para revogar os efeitos da Portaria e que já iniciou a busca por apoio à proposta junto aos parlamentares das bancadas dos estados afetados. 

 

 

Fonte: Upiara Online/Fecoagro 

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