Exportações de SC recuam 10,5% em julho. Carne suína teve acréscimo

As exportações catarinenses fecharam julho em US$ 1 bilhão, valor 10,5% menor que o registrado no mesmo mês do ano anterior. As exportações nacionais também registraram queda, mas em menor magnitude, -3,1%.  O resultado no estado está associado à diminuição no montante comercializado dos principais produtos da pauta exportadora. Dentre as dez mercadorias mais vendidas internacionalmente, sete registraram recuo na análise interanual. Os produtos com as maiores quedas continuam sendo do setor de madeira e móveis, devido à redução no fornecimento para os EUA, seu principal parceiro comercial no período.

Outro produto penalizado foram os motores elétricos, com vendas reduzidas tanto para os Estados Unidos, quanto para países da Europa. Na avaliação do presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, o recuo nos embarques está relacionado ao enfraquecimento da atividade econômica de alguns dos principais clientes dos produtos vendidos por Santa Catarina. Ele lembra que Europa e Estados Unidos representam praticamente 30% das vendas internacionais catarinenses. Esses fatores levaram a uma diminuição na demanda dessas regiões. A exceção nesse cenário vai para os insumos da indústria automotiva, que tiveram alta nos embarques para a Europa. Isso se justifica pelos incentivos da União Europeia à produção de veículos elétricos.

O destaque foram as vendas de carne suína, em decorrência ainda do aumento no número de abate de suínos nos frigoríficos catarinenses. O estado ampliou as vendas principalmente para Filipinas, Chile, Coreia do Sul e Vietnã. Nas importações, Santa Catarina comprou em julho US$ 2,2 bilhões em mercadorias. Na comparação com o mesmo mês em 2022, houve queda de 11,2% no montante importado. O mesmo movimento foi observado na média nacional, que apresentou retração de 18,2% na mesma base de comparação.  Essa redução no valor das importações está relacionada à queda no preço internacional de várias commodities, com destaque para o cobre refinado, que custa 20,7% menos do que em março.  

Fonte: Fiesc  

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