Agricultura repassa recursos para proteger a fruticultura por granizo

A Secretaria de Estado da Agricultura de SC destinou R$ 1 milhão para a instalação de Sistema Antigranizo na região do Alto Vale do Rio do Peixe. A verba repassada atendeu aos municípios de Rio das Antas, Videira, Timbó Grande, Tangará, Pinheiro Preto, Major Costa Macieira, Lebon Régis e Calmon. Mais dois municípios, Caçador e Fraiburgo, devem receber nas próximas semanas. 

Dados históricos comprovam que a região é suscetível à ocorrência de granizo, que ocorre em média e alta intensidade, causando danos econômicos para a cadeia produtiva. O Sistema Antigranizo é uma grande demanda dos produtores catarinenses para evitar perdas de safra devido às intempéries climáticas. O modelo utilizado em Santa Catarina traz benefícios também para a população em geral, já que protege a infraestrutura industrial e residências. São 54 geradores Antigranizo instalados. 

Os 11 municípios atendidos são grandes produtores de frutas de clima temperado, principalmente maçã, pera, ameixa, pêssego e uva. Segundo informações do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), são mais de 5,5 mil produtores dedicados à fruticultura na região, com 22,7 mil hectares plantados. A atividade gera em torno de R$ 660,9 milhões para os produtores rurais do Alto Vale do Rio do Peixe. 

O modelo utilizado em Santa Catarina de sistema de controle do granizo utiliza conjuntamente informações de radar meteorológico, monitoramento com estações meteorológicas de superfície, radiossondas e modelagem numérica para detectar a possibilidade de formação de nuvens de granizo na região protegida. Uma vez confirmada a possibilidade de formação do granizo, o sistema de combate é acionado. Ele é composto por uma rede com geradores de solo que cobrem toda a área protegida e liberam partículas de iodeto de prata na atmosfera. Ao redor dessas partículas, agregam-se partículas de água, formando pequenas gotas de chuva ou pequenos cristais de gelo, que ao caírem reduzem de tamanho e atingem o solo na forma líquida ou de minúsculas pedras de gelo. Isso evita danos e estragos nas cidades protegidas. 

Fonte: Agricultura SC 

 

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