O Governo do Estado montou uma força-tarefa para estudar um pacote de ações de apoio financeiro e recuperação econômica para pessoas e empresas atingidas pelas enchentes em Santa Catarina. A proposta, que está em fase de formatação, deve incluir fornecedoras de serviços públicos básicos, como Casan e Celesc, órgãos tributários como a Fazenda e instituições de financiamento como Badesc e BRDE.
Nos últimos dias, equipes do Governo do Estado estiveram em contato com o Rio Grande do Sul e outros estados que enfrentaram eventos climáticos semelhantes recentemente, em busca de iniciativas de recuperação econômica que possam ser replicadas em Santa Catarina. O pacote ainda não foi finalizado, e a expectativa é que a primeira versão seja entregue ao governador Jorginho Mello para análise.
A maior dificuldade no momento é mensurar as perdas e o volume de apoio necessário, uma vez que há cidades ainda sofrendo com enchentes e previsão de mais chuvas para os próximos dias. A instabilidade climática também dificulta o remanejamento de orçamento que o governo precisará fazer para atender áreas como Infraestrutura, Agricultura e Defesa Civil, que necessitarão de recursos adicionais. Por enquanto, os secretários das três pastas ainda não têm um balanço de quanto será necessário para a fase de reconstrução.
Até o momento, não foram anunciadas providências para a agricultura. Segundo dados da Epagri, até a última quinta-feira, já haviam sido levantados prejuízos para o setor agropecuário no valor de R$ 1,3 bilhões nas lavouras temporárias, R$ 137,8 milhões em lavouras permanentes, R$ 29,1 milhões nas hortaliças, R$ 19,4 milhões em benfeitorias, R$ 12 milhões em estoques e R$ 5,6 milhões em animais.
Fonte: NSC Total/Fecoagro
Foto: Marco Favero, Secom SC
