Entidades do agro dos estados do Sul discutem o setor fumageiro

A Comissão para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração do Tabaco (Cadec) se reuniu na sede da Afubra em Santa Cruz do Sul/RS com as empresas da indústria fumageira para discutir uma série de assuntos de interesse do setor. Entre as principais pautas, estiveram a aprovação do Regimento Interno das integradoras e a validação do DIPC (Documento de Informação Pré-contratual) para a safra 2024-2025. Esse documento informa os parâmetros técnicos e econômicos, bem como a estimativa de remuneração do produtor integrado. 

José Zeferino Pedrozo, presidente do Sistema Faesc/Senar, explica que as Cadecs funcionam como fóruns compostos por representantes de produtores rurais e indústrias para garantir equidade e autonomia aos produtores que usam o modelo de integração, com base na Lei 13.288/2016. “Neste modelo, os produtores integrados e as indústrias integradoras discutem e acordam, por meio de contratos, a produção e a comercialização de matérias-primas.” 

Atualmente, há apenas uma Cadec nacional no segmento fumageiro para atender os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, os maiores produtores de tabaco do Brasil. Segundo o regimento interno, a Cadec Tabaco pode ser composta por três a sete representantes da integradora e por três a sete representantes dos integrados. Os integrados são representados por entidades como Afubra, Fetaesc, Faesc, Fetag, Farsul, Fetaep e Faep, que já participavam do modelo anterior à publicação da Lei da Integração. 

Os encontros contaram com a participação de 12 empresas fumageiras atuantes no sistema integrado. Francisco Eraldo Konkol, representante da Faesc nos assuntos do tabaco, menciona que a intenção foi aprovar o regimento interno da Cadec de cada empresa. Ele destaca que o regimento foi aprovado no Fórum Nacional de Integração do Tabaco (Foniagro) e serviu como modelo para todas as empresas. “Agora, temos um regimento para cada empresa”, enfatiza. 

Em relação à aprovação do DIPC, o objetivo é que este documento contenha todas as informações necessárias, conforme consta no artigo 9º da Lei de Integração. “O documento foi aprovado com todas as empresas presentes”, acrescenta Konkol. Elaborado pelas integradoras e validado pela Cadec, o DIPC contém informações sobre o sistema de produção integrada de tabaco da empresa, incluindo sementes, insumos agrícolas, assistência técnica e compra de toda a produção, conforme estimativa acordada entre integradora e integrado. 

Durante a reunião, também foi discutido o impacto das chuvas na safra nos três Estados do Sul. “Há diferenças nos períodos de plantio. Algumas regiões estão terminando de colher, outras ainda estão realizando tratos culturais, como a adubação, e outras estão desbrotando o tabaco. As empresas relatam uma quebra de aproximadamente 15% até o momento. E isso representa muito porque 15%, de aproximadamente 560 mil toneladas da última safra, contabiliza 75 mil toneladas”, disse o dirigente da Faesc. 

Fonte: MB Comunicação 

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