Entidades do agro se reúnem com parlamentares para avaliar o desempenho do setor em 2023

As sete principais entidades que representam o setor agropecuário e cooperativista de SC reuniram-se, nesta terça-feira (19), com os deputados Altair Silva, presidente da Comissão de Agricultura, e Jose Milton Scheffer, presidente da Frencoop da Assembleia Legislativa, para avaliar as ações governamentais no setor agropecuário em SC durante 2023. Estiveram presentes o presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo; da Fetaesc, José Walter Drech; do Sindileite, Silvino Geisel; do Sicoob, Rui Schneider da Silva; o Diretor Executivo do Sindicarne e Acav, Jorge Lima; o superintendente da Ocesc, Neivo Panho; e o diretor executivo da Fecoagro, Ivan Ramos. Também foram convidados, por parte dos parlamentares, o presidente da Alesc, deputado Mauro de Nadal, e o presidente da Comissão de Finanças da Assembleia, deputado Marcos Vieira, que não puderam comparecer. 

A discussão centrou-se no desempenho da Secretaria da Agricultura neste primeiro ano do novo governo. Concluiu-se que não houve priorização da Pasta da Agricultura, uma vez que o orçamento para 2024 continuou sendo insignificante diante da importância do setor. A estrutura da secretaria ficou fragilizada durante todo o ano, visto que nem o secretário adjunto, peça chave na área técnica-operacional da pasta, nem a equipe de diretores foi confirmada, gerando insegurança e indefinições na execução dos programas. 

Os líderes consideram que possíveis ajustes políticos no Governo podem ter sido o motivo desse cenário no primeiro ano, mas esperam maior agilidade na Pasta a partir de janeiro. As ações implementadas foram a continuidade de parte dos programas em andamento e algumas providências emergenciais diante dos reflexos das enchentes no estado, porém, com pouco aporte de novos recursos na Pasta da Agricultura. 

Destacou-se que o setor enfrenta problemas de mercado e necessita mais do que nunca do apoio governamental. Os líderes rurais esperam maior atenção por parte do governo para o setor. Manifestaram preocupação pela falta de definição sobre a reedição do programa Terra Boa, o Troca-troca, para 2024. Este programa normalmente tem seus recursos definidos em novembro, com um cronograma de repasse dos subsídios durante o ano seguinte. No entanto, estamos no final do ano sem definições. Os programas têm prazos a cumprir devido ao calendário agrícola, e ainda não se sabe se serão editados e em que bases. 

A Fecoagro já apresentou o orçamento no início de novembro. As entidades do setor solicitaram o apoio dos parlamentares ligados à agricultura para que intercedam junto ao governador a fim de resolver os problemas pendentes na área, para não prejudicar a próxima safra. Muitos agricultores perderam suas lavouras e precisam ampliar suas áreas de plantio para obter maior produtividade e tentar recuperar parte dos prejuízos causados pelo mercado e pelas enchentes. 

Quanto à possível troca de secretário da Agricultura, como está sendo comentado, as entidades esperam que o governador ouça suas opiniões sobre os nomes indicados. 

Fonte: Fecoagro 

 

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