Setor agro preocupado com os problemas aduaneiros na fronteira Brasil-Paraguai

Os problemas de infraestrutura operacional nas fronteiras do Brasil com países do Mercosul têm se agravado. Recentemente, foi inaugurada uma nova estrutura na Alfândega de Dionísio Cerqueira para ampliar a possibilidade de importações de produtos da Argentina para o Brasil, resultado inclusive de uma lei aprovada na Assembleia Legislativa que beneficia importações pela divisa de SC. No entanto, a operação tem ficado prejudicada pela falta de estrutura de pessoal para atender ao acréscimo de demanda, resultando em filas intermináveis na fronteira brasileira. 

Por outro lado, na fronteira entre o Paraguai e o Brasil em Foz do Iguaçu-PR, o problema se agrava por outros motivos. A morosidade nas liberações das cargas de milho que vêm do Paraguai com destino a SC, a falta de pessoal para agilizar o desembaraço e a ameaça dos fiscais do Ministério da Agricultura de paralisar o serviço, devido aos seus pleitos salariais não estarem sendo atendidos pelo Governo Federal, tendem a complicar as importações de milho para SC e PR. Entidades de comércio exterior da fronteira estão preocupadas com a morosidade na resolução do assunto e temem que as importações sejam paralisadas por falta de agilidade e greves nas aduanas. 

Com o objetivo de discutir esse assunto, a Associação Comercial de Foz do Iguaçu, juntamente com exportadores paraguaios e importadores de grãos do Brasil, se reunirá na sexta-feira para discutir o assunto e manifestar a preocupação ao governo federal. SC tem especial interesse no assunto, pois é importadora, principalmente de milho do Paraguai, para atender à demanda das agroindústrias do estado.  

A reunião discutirá o assunto e pretende formatar um documento entre os dois estados (PR e SC) para levar a Brasília, pedindo soluções urgentes por parte do Governo Federal. Ocesc, Fecoagro, Sindicarne e Aurora Coop, juntamente com a Secretaria da Agricultura e a Comissão de Agricultura da Alesc, assim como parlamentares federais ligados ao agronegócio, estão sendo convidados para participar da reunião virtual e ajudar a pressionar o governo federal para resolver de vez esses problemas dos fiscais do Mapa, que, vez por outra, entram em greve ou operação tartaruga para forçar o atendimento de suas reivindicações, causando prejuízos para a economia do estado, principalmente para o setor agropecuário catarinense. 

Fonte: Ascom/Fecoagro 

 

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