Uma das constantes preocupações dos produtores rurais refere-se às mudanças climáticas. Isso porque, o tempo pode interferir diretamente nas culturas.
O consultor de vendas da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), Eduardo da Costa Bortoli, concedeu uma assessoria a Cooperalfa e destacou que o início da safra 2024/2025 do milho foi positivo, com chuvas frequentes, volumes satisfatórios e que atenderam as necessidades da cultura.
“Já observamos sinalizações de produções recordes no estado de Santa Catarina. Também foi registrada uma baixa incidência de cigarrinha, o que contribui para a produtividade”.
Já a soja, assinalou o engenheiro agrônomo, enfrenta episódios de falta de chuva em algumas regiões.
“Há uma transição de clima e isso pode afetar algumas áreas que estão há 30 dias sem chuvas, a exemplo do Planalto Norte; 20 dias, como o Extremo Oeste Catarinense; e o Meio Oeste e Oeste Catarinense de modo geral, que teve chuvas esparsas”.
Conforme Eduardo, a cultura se modifica e se atualiza a cada momento, tanto no que se refere ao manejo, como biotecnologia. No entanto, o clima é algo que não se pode controlar.
“A agricultura é estruturada por uma junção de fatores, com propriedades em dia, com os manejos sanitários e escolhas das melhores tecnologias, porém, temos uma empresa a céu aberto e ficamos sempre na torcida para que o tempo colabore para atingirmos melhores produtividades e rentabilidades. Na propriedade, o cooperado faz rotação de culturas, correção de solo, escolhe um fertilizante com tecnologia, um híbrido e variedade de soja que estão adaptadas à região. Isso tudo contribui para minimizar os efeitos negativos que o clima pode causar”.
Um exemplo de aliado são os fertilizantes de eficiência aumentada, os quais contribuem para uma melhor disponibilidade nutricional para as plantas.
“Isso porque eles reduzem perdas de nutrientes no solo e aumentam a absorção pelas plantas. Hoje em dia o avanço tecnológico está muito mais rápido e podemos identificar o melhoramento genético com altos tetos produtivos, herbicidas, fungicidas e inseticidas com a melhor tecnologia. A adubação também auxilia nesta evolução”, explicou o consultor de vendas da Fecoagro.
Com o intuito de ser ainda mais assertivos junto aos produtores rurais, a Fecoagro desenvolve o projeto Soja Mais, totalizando 85 hectares voltados pesquisa.
Os espaços estão distribuídos em todo o estado de Santa Catarina, Sudoeste do Paraná e também no Paraguai.
“É preciso fazer análises em diferentes solos, altitudes, manejos, para, no momento de fazer as recomendações aos produtores, sabermos quais tecnologias se encaixam melhor, têm mais adaptabilidade e são responsivas na propriedade”, salientou ao frisar que a genética possui um alto potencial e, ao considerar os fertilizantes, o ponto alto é o aumento da disponibilidade nutricional ao longo do ciclo da cultura.
“Quando trabalhamos com um fertilizante de eficiência aumentada, escolhemos um nitrogênio, fósforo, potássio, que estará mais tempo disponível na planta. Este, por sua vez, terá mais capacidade de demonstrar o potencial genético em produtividade”.
Eduardo informou que ao desenvolver as pesquisas, os dados são encaminhamos para o departamento técnico da Cooperalfa, em parceria com a Epagri em Chapecó/SC, com o objetivo de compartilhar análises do campo e comparativos com informações da estação de pesquisa. “Procure seu técnico, agrônomo e busque mais detalhes sobre os fertilizantes de eficiência aumentada e as linhas de nitrogenado – Cooper N+, e o Active– indicada para adubação de base para milho, soja, trigo, feijão e aveia”.
Fonte: Cooperalfa