A união faz a força

Por Ivan Ramos diretor executivo da Fecoagro

Esse slogan é muito conhecido, e para nós que atuamos no sistema cooperativo, é muito mais representativo: “A união faz a força”. Em várias fases das nossas vidas, certamente já sentimos ou assistimos resultados da união. União de esforços; das pessoas; da família; de pensamentos e até financeira.  O setor do agronegócio catarinense nesse momento também convive com essa realidade. Mais uma prova que unidos temos mais forças para conseguirmos atingir nossos objetivos.

O episódio da tributação dos defensivos agrícolas, defendido pelo Governo do Estado, foi mais uma prova que ainda não ocorreu devido à união de forças. Primeiro foram as principais entidades de representação do homem do campo que se juntaram informalmente e passaram a atuar coesas, questionando a medida; reivindicando em conjunto, e falando a mesma língua.

De outra parte, os deputados estaduais, independentemente de cor partidária, também se uniram para evitar essa tributação. As principais Comissões Técnicas na Assembleia Legislativa também se uniram para defender a mesma causa. Até reuniões conjuntas das Comissões de Agricultura; de Constituição e Justiça e Comissão de Finanças e Tributação conseguiram fazer para defender a mesma causa. Méritos dos presidentes das três Comissões que lideraram a iniciativa.

Na última semana, a Frencoop – Frente Parlamentar do Cooperativismo da Alesc, presidida pelo deputado Moacir Sopelsa, também deu prova de união. Dezesseis deputados de diversos partidos políticos participaram de uma reunião que discutiu, principalmente, os próximos passos da Medida Provisória que trata da tributação dos defensivos agrícolas. Nessa reunião a união também imperou. Todos os parlamentares que se pronunciaram, de regiões e origem partidária diferentes, demonstraram a convergência sobre o assunto. Aqueles que não discursaram, nas entrelinhas também se manifestaram favoráveis à tese de não tributação e aqueles que não estiveram presentes certamente também entenderão que a união faz a força.

A prevalecer os votos apresentados numa primeira votação do assunto no plenário do legislativo onde os 35 deputados presentes votaram pela rejeição da proposta, demonstraram que estão unidos em prol de uma causa justa. Evidentemente que ainda há pendências para finalizar o processo, e caberá ao público interessado – nesse caso agricultores e suas entidades – acompanhar o voto de cada deputado na decisão final.

A força da união aproximou ainda mais a Faesc, a Fetaesc, a Ocesc e a Fecoagro, e praticamente formaram um grupo permanente de acompanhamento deste e de outros assuntos que afetem ao homem do campo e o setor produtivo de modo geral. Efetivamente parece que as coisas estão mudando. Ninguém pode esperar unanimidade em tudo, mas a menor divergência possível entre os interessados, com certeza propiciará resultados mais rápidos e duradouros.

Aqui vale novamente aquela premissa que o cooperativismo sempre deve defender: os agricultores precisam estar unidos em torno de sua cooperativa; as cooperativas singulares em torno das entidades de segundo grau – leia-se, Centrais e Federações – e as entidades de defesa do setor, unidas entre si, em busca de resultados comuns. Excluindo os eventuais egos pessoais de algum líder ou dirigente, que certamente sempre existirão, mas aos poucos vão se acabando pelo seu comportamento divergente, evidentemente, estaremos mais fortes para enfrentar os opositores das nossas ideias.  Portanto, lembremos que a união faz a força, e que juntos somos mais fortes. Pense nisso.

Fonte: Fecoagro

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