A essência do cooperativismo de resultado, em debate em Chapecó

A essência do cooperativismo pôde ser ouvida no evento “Bate-papo: A Força e a Evolução do Cooperativismo” promovido pelo Núcleo de Cooperativas da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), na Associação Atlética Recreativa Alfa (AARA), em Chapecó. A noite contou com mais de 350 pessoas, incluindo autoridades, colaboradores das cooperativas, cooperados e a comunidade em geral. 

Para o fortalecimento do associativismo, a ACIC possui o Núcleo de Cooperativas, entre os 13 núcleos atuais. A diretora de desenvolvimento de Núcleos Empresariais da ACIC, Cleunice Zanella, enfatizou a consolidação da busca pelos interesses em comum, objetivos que constroem uma cooperativa. O cooperativismo movimenta de forma social e economicamente a comunidade. “A ACIC é como uma cooperativa. São mais de 1500 associados que compartilham interesses na região”, completou o vice-presidente da ACIC, Helon Rebelatto. 

Durante o bate-papo, a advogada Cassiane Fagundes mediou os painelistas e destacou a importância do diálogo sobre a força que o cooperativismo exerce. “A comunidade pode encontrar soluções para angústias no cooperativismo. Precisamos abordar essa temática, pois este é um evento que abrange o público em geral, e nós podemos levar informação.” 

A painelista Vivian Anschau apresentou o tema “Governança Cooperativa e ESG no Cooperativismo: boas práticas e princípios”. A implantação de uma governança ESG na cooperativa pressupõe práticas sustentáveis, apontando para o âmbito social, ambiental e de relacionamento com o cliente. Vivian explicou que há um prejuízo mundial de 170 bilhões de dólares relacionados às mudanças climáticas e que o Brasil é o 2° país do mundo com maior número de síndrome de Burnout. Estabelecer governanças sustentáveis é criar formas saudáveis de lucratividade a longo prazo. “O propósito de uma cooperativa é mais importante que os resultados dela”, destacou Vivian. 

A tendência do mundo dos negócios é solucionar problemas, porém, as cooperativas já nasceram e trabalham nesta visão, é o que abordou o diretor executivo da Sicredi Região da Produção RS/SC/MG, Marcos R. Dorigon. O cooperativismo surgiu em 1844, na cidade de Rochdale, Manchester, no interior da Inglaterra. O Brasil possui nove entre as 300 maiores cooperativas do mundo, e o cooperativismo no Brasil conta com 20,5 milhões de cooperados. 

O médico Rodrigo Armani salientou que teve contato com o cooperativismo quando esteve em Chapecó e aprendeu a admirar e vivê-lo no município. “Sou conselheiro na Unicred e diretor técnico do Hospital da Unimed. Hoje, tenho convicção de que uma das melhores formas de se trabalhar em conjunto, de unir várias pessoas, é no cooperativismo.” Abordou que o elo do desenvolvimento é o cooperativismo. “As cooperativas possuem o poder de transformação, distribuição de renda, geração de emprego e melhoria da qualidade de vida”, expôs. Segundo os dados exibidos por Armani, só entre as cooperativas associadas no Núcleo de Cooperativas da ACIC, 44 mil empregos são gerados e R$ 3,1 bilhões de impostos são movimentados. 

O coordenador do Núcleo de Cooperativas Fernando Rebelatto apontou que o objetivo foi expor reflexões relevantes acerca do que o sistema cooperativista oferece para a sociedade no decorrer dos temas a serem abordados e entre os convidados. “Cooperativas movimentam a sociedade, geram empregos, giram a roda da economia contribuindo ativamente para as comunidades em que estão inseridas”, finalizou. 

Fonte: Acic Chapecó 

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