Adeus Ano Velho! Feliz Ano Novo!

Por Ivan Ramos diretor executivo da Fecoagro

Chegamos ao fim de mais um ano. Em todos os anos a frase se repete: quer nas músicas tradicionais da data, quer nas mensagens que uma pessoa passa para a outra. É a roda viva da vida. Mas afinal, o que mudou nesse ano de 2019, em relação ao ano anterior?  O que se espera para o próximo ano? Sempre se espera o melhor.  Em geral um ano tem sido melhor do que o outro. Talvez não para todos, nem para todos os produtos. Mas isso também faz parte da roda da vida. Como diz o ditado popular: “Alegrias de uns, tristezas de outros”. Ou ainda: “Após a tempestade, vem a bonança”, ou se alguém quiser mais, “Nem tudo está perdido”.

No setor agropecuário e cooperativista, o ano de 2019, foi diferente. Melhorou em relação aos anteriores. As cooperativas estão todas com resultados positivos. Bom para os associados que além de terem sido atendidos nas suas demandas, poderão participar de resultados com retorno nos balanços. Certamente alguém não está satisfeito, mas temos que avaliar pela maioria.

O setor de carnes e grãos está satisfeito. As lideranças estão contentes com os resultados alcançados, segundo avaliação feita nas bases. Para quem exporta foi melhor ainda. Quem conseguiu exportar mais, como foi o caso das carnes e até do milho, aproveitou a taxa do dólar em alta, apurando melhor competitividade em relação ao mercado interno; além de ter aproveitado a crise de relações diplomáticas entre os Estados Unidos e a China, para ampliar a exportações de grãos, e no caso das carnes, aproveitado a desgraça chinesa com problemas sanitários em seus rebanhos de suínos. A falta de produção própria na China ampliou a procura por carnes no Brasil e isso elevou os preços, repercutindo inclusive para o suinocultor, embora internamente quem esteja pagando essa conta é o nosso consumidor. “Alegrias de uns, tristezas de outros”.

O caso dos fertilizantes a situação não foi tão benéfica assim, principalmente para as pequenas misturadoras. Primeiro porque ficaram suscetíveis as variações do dólar durante o ano. Muita mudança de taxa durante um mesmo dia. Dificilmente se conseguiu acompanhar a variação do dólar, quando das vendas. Quem comprou em reais, e é a quase a totalidade do consumidor interno em SC, se pegou a taxa em baixa, teve mais chance de ganho, mas do outro lado, quem vendia o fertilizante podia estar arcando com prejuízos.

O mercado foi variável durante todo o ano. Hora em alta, hora em baixa. Diferente de anos anteriores. Teve épocas que o adubo estava mais baixo e horas mais alto. Tudo devido à variação cambial. Ficamos muito mais na sorte do que a realidade do mercado. Embora também tivesse momentos de redução dos preços das matérias primas em dólar, o câmbio praticamente anulou esse benefício para quem adquiriu fertilizantes em épocas de queda de preços.

A Fecoagro, por exemplo, em função dessa variação frequente do câmbio, não atingiu o seu resultado planejado para 2019. Embora operacionalmente tenha ampliado em volume e resultados, o câmbio acabou anulando esses benefícios. Não se pode dizer que é prejuízo final, pois com a existência dos estoques para venda, e possibilitando a manutenção dos preços de mercado, o resultado virá, entretanto, num encerrar de exercício não se atingiu o pretendido.

Naquela premissa de alegrias de uns, tristezas de outros, há que se considerar que no caso dos fertilizantes, quem ganhou foi o consumidor final, no nosso caso, os associados das cooperativas, que conseguiram comprar melhor e com isso reduzir seus custos de produção. Daí a razão de seus resultados em grãos, terem sido melhores nesse ano.

Mas a atividade comercial é assim mesmo. Horas estão positivas, horas estão negativas. Mas na média deve ter resultados positivos, sob pena do negócio não prosperar.  Como todos afirmam no geral o ano foi bom, e as expectativas para 2020 são melhores e esperamos que todos ganhem porque em qualquer atividade com resultados positivos, além de prosperarem, deixam as pessoas felizes. É isso que desejamos a todos para o Ano Novo. No meu caso, estarei em férias em janeiro, e volto aqui no final do primeiro mês do ano. Espero que com notícias melhores. Pense nisso.  Feliz Ano Novo!

Fonte: Fecoagro

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