Assembleia Legislativa lança Frente Parlamentar em Defesa das Cooperativas de Energia

Em uma reunião no plenário Osni Régis, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina lançou nesta semana mais uma  Frente Parlamentar. Desta feita, para Defesa das Cooperativas de Energia.

Segundo seu proponente, deputado Volnei Weber,  essa será a mola propulsora para debater as necessidades do segmento e contribuir para ações de abastecimento da rede, principalmente no interior, onde está o homem do campo, disse o parlamentar do Sul do Estado.

Atualmente, o Estado conta com 22 cooperativas de energia que atuam em 70 municípios, atendendo cerca de 260 mil propriedades, com 31 mil quilômetros de rede e mais de 27 mil transformadores.

Segundo Weber, será preciso ampliar as parcerias com o governo e com órgãos ambientais para aumentar a rede de distribuição, criando incentivos para que as cooperativas de energia possam realizar investimentos em subestações e redes trifásicas.

Edson Flores da Cunha, presidente da Federação das Cooperativas de Eletrificação de Santa Catarina (Fecoerusc), agradeceu o apoio dos parlamentares, informou que o setor atende cerca de um milhão de pessoas e movimentou em 2022 R$ 1 bilhão em receitas, recolhendo ao Tesouro mais de R$ 200 mi em impostos.

O presidente da Fecoerusc pediu o apoio dos representantes do povo para que as cooperativas de energia, assim como a Celesc, tenham acesso aos recursos governamentais direcionados à implantação de redes trifásicas no interior dos municípios.

Adriano Lima de Medeiros, que representou as Centrais Elétricas de Santa Catarina S/A (Celesc), reconheceu que a força do cooperativismo reside na união de vontades e garantiu que a Celesc está de portas abertas para trabalhar em conjunto com as cooperativas de energia.

“O movimento cooperativista demonstra isso, unidos vocês sempre serão fortes”, observou Medeiros.

O senador Esperidião Amin, que também prestigiou o lançamento da Frente Parlamentar, fez uma defesa enfática do cooperativismo. “Sou um aficionado pelo associativismo, nada vai contribuir mais para dar ao capitalismo um rosto humano quanto a associação, de todas as formas, vale para energia, vale para atender as necessidades básicas de uma comunidade. Enquanto não chegarmos no Brasil a 30% das operações de crédito ativas fora do setor bancário tradicional, vamos ficar reclamando dos juros. A cooperativa de energia faz parte disso, atenuando o sem limites do capitalismo”, argumentou o senador.

Diretores e dirigentes das 22 cooperativas de eletrificação lotaram o plenário e parte das galerias, representando os municípios de Forquilhinha, Treze de Maio, Doutor Pedrinho, Braço do Norte, Praia Grande, Morro da Fumaça, Armazém, Grão Pará, Anitápolis, Santa Rosa de Lima, São Ludgero, Tubarão, Içara, Jacinto Machado, Biguaçu e Cocal do Sul, todos atendidos, no todo ou em parte, pelas cooperativas de eletrificação.

O presidente da Ocesc, Luiz Vicente Suzin, disse que a entidade não foi consultada sobre a necessidade uma outra Frente do Cooperativismo, uma vez que já existe uma Frente Parlamentar do Cooperativismo, que abriga todos os ramos,  sendo originária de diversas legislaturas.  Embora entenda que é um direito dos deputados proporem quantas Frentes desejarem e que cabe ao presidente da Assembleia reconhecer a sua existência,

Suzin compreende que as  reivindicações  do setor de cooperativas de infraestrutura já estão contempladas na outra Frente, que será reeditada no próximo dia 17 em reunião promovida pela Ocesc, e  deverá contar  com a participação de cerca de 20 parlamentares que deverão eleger o deputado José Milton Scheffer para presidir o órgão.

Deputado Volnei Weber, coordenador da Frente Parlamentar em Defesa das Cooperativas de Energia (Foto: Vicente Schmitt/Agência AL).

Fonte: Agência AL, com acréscimos da Fecoagro/SC. (Foto destaque: dirigentes de cooperativas de diversas regiões de SC prestigiaram o ato /Foto: Vicente Schmitt/Agência AL).

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