Banco Central recomenda maior diálogo entre as cooperativas para ampliar a intercooperação

Em um recente encontro promovido pelo Banco Central, Harold Espínola, Chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições Não Bancárias no Banco Central do Brasil, fez um apelo às cooperativas. Ele buscou reafirmar a necessidade de um maior diálogo entre o setor, destacando a importância da intercooperação e a mitigação da competição não saudável dentro do movimento. Mesmo com números impressionantes, que impressionam até mesmo aqueles que vivenciam o cooperativismo diariamente, a percepção de que a falta de intercooperação está impactando o desenvolvimento tem se disseminado cada vez mais. 

Para Remaclo, diversos fatores tornam urgente a necessidade de colocar essa prática em prática. Um deles é o fortalecimento do setor perante o mercado. Ele destaca: “A sinergia que surge da intercooperação faz o setor avançar mais rapidamente, aumenta o potencial de cada uma das cooperativas, uma vez que cada uma tem suas qualidades e está mais avançada em certos aspectos, e, sobretudo, fortalece a indústria como um todo.” 

Além disso, os custos para manter a roda girando têm aumentado. Essa realidade não se restringe ao cooperativismo, sendo observada no mercado como um todo, resultante de fatores internos e externos. Com o aumento dos gastos operacionais, buscar alternativas que garantam a manutenção do modelo atual e equilibrem as contas do setor é um passo que não pode ser adiado. A intercooperação, se praticada de maneira adequada, tem a capacidade de ser a solução para essa problemática. 

Moacir Krambeck, presidente da Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebrás), destaca que os custos elevados não são apenas um problema futuro, mas também uma realidade presente. Ele afirma que uma iniciativa sólida de intercooperação pode ser a saída para essa situação. Krambeck enfatiza que buscar essa conexão e singularidade não apenas pode trazer equilíbrio, mas também potencializar o setor. “Será de suma importância para que o cooperativismo tenha preços mais competitivos. Ganharíamos muito pela escala, não apenas por isso, mas também na compra conjunta de produtos comuns a todas as cooperativas”, analisa. 

Fonte: Mundo Coop 

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