Banco Mundial e FMI alertam para alta global de alimentos; Malpass vê risco a safras futuras

Malpass afirma que os preços dos alimentos têm avançado mais do que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês). Foto: World Bank / Simone D. McCourtie / Reprodução

O presidente do Banco Mundial, David Malpass, e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disseram durante evento virtual,  que os riscos trazidos pela alta recente nos preços de alimentos preocupam. Segundo Malpass, a ação militar da Rússia na Ucrânia pesa na produção de alimentos e também ameaça safras futuras, por seu impacto para elevar preços de fertilizantes.

Segundo ele, os preços dos alimentos têm avançado mais do que o índice de preços ao consumidor. Como os mais pobres gastam uma parcela maior de sua renda com comida, isso se traduz em um impacto proporcionalmente maior nesse segmento da população. O Banco Mundial projeta que uma elevação de 1% nos preços dos alimentos pode lançar 10 milhões de pessoas na pobreza extrema no mundo. Segundo a instituição, a insegurança alimentar neste momento cresce mais rápido nos países de renda média, mas obviamente os de baixa renda também estão entre os afetados.

Georgieva, por sua vez, destacou a alta nos preços de alimentos e também de fertilizantes. “Nós também sabemos que uma crise alimentar pode provocar distúrbios sociais”, afirmou. Segundo ela, é crucial haver ações “rápidas e coordenadas” para manter o comércio global, apoiar famílias vulneráveis e garantir “suprimentos agrícolas significativos”, além de reduzir pressões financeiras.

A diretora-gerente do FMI lembrou que a entidade cortou projeções para o crescimento econômico global, e complementou: “Em termos humanos, renda está caindo e dificuldades aumentando”.

A diretora-gerente do FMI disse que a entidade, o Banco Mundial e outros organismos, como a Organização das Nações Unidas, estão se unindo ao esforço para ajudar a enfrentar a insegurança alimentar global, nesse contexto.

Fonte: Broadcast Agro por Gabriel Bueno da Costa.

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