Aconteceu na Secretaria da Agricultura uma reunião para fomentar e ampliar a produção de grãos no Estado. A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e entidades do setor decidiram reativar a Câmara Setorial de Grãos. Grande produtora e exportadora de proteína animal, Santa Catarina também busca equilibrar a produção de grãos para atender à cadeia produtiva, aumentar o potencial de competitividade e agregar valor. A Câmara Setorial de Grãos tem o objetivo de identificar oportunidades de desenvolvimento e ações prioritárias que envolvam produtores e toda a cadeia produtiva, considerando os mercados interno e externo.
Durante a reunião on-line, foram discutidos a realidade do setor, dados estatísticos para orientação no campo, alternativas para melhoria na logística de distribuição e o levantamento da safra 2023/2024.
Os grãos representam mais de 25% do valor produtivo da agropecuária no Estado. A produção das principais culturas de grãos totaliza mais de 6 milhões de toneladas, sendo soja 2,7 milhões de toneladas, feijão 113 mil toneladas, trigo 307 mil toneladas, milho 2,1 milhões de toneladas e arroz 1,1 milhão de toneladas. O milho silagem, considerado grão verde, totaliza 8,8 milhões de toneladas (Dados Observatório Agro SC). A área de cultivo de grãos ocupou mais de 1,5 milhão de hectares, além de 235 mil hectares de milho silagem na safra 2023/2024. Para a safra 2024/2025, é estimado um aumento na produção de grãos, chegando a 7 milhões de toneladas (Dados Epagri/Cepa). Santa Catarina possui aproximadamente 183 mil produtores rurais, sendo mais de 50% deles produtores de grãos.
Segundo o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto, o consumo estimado de milho está em 8,5 milhões de toneladas, com um déficit anual de cerca de 6 milhões de toneladas para abastecer o rebanho de suínos, aves e ovinos. “Esse é o maior desafio de Santa Catarina: manter o abastecimento e a viabilidade econômica do nosso produtor e da agroindústria catarinense. Com a integração do setor, buscamos instrumentalizar os produtores e toda a cadeia produtiva com mais informação. Com muito diálogo, estamos alinhando as políticas públicas às necessidades do setor, para agregar valor às nossas propriedades e a todo o processo produtivo”, afirma Colatto.
Fonte: SAR