Encontro da Coocam confraterniza e reivindica para o agro

A Coocam – Cooperativa Agropecuária Camponovense, realizou no último sábado, 25, mais um evento conhecido como Michuim. Como acontece todos os anos, desde a sua fundação há 28 anos, a cooperativa reúne sempre no ultimo sábado de novembro, associados, lideranças, políticos e parceiros comerciais para comemorar os resultados do ano através de uma churrascada, cujo cardápio principal é o Michuim, e também, fazer reinvindicações às autoridades para temas de interesse do agro.  

A principal pauta dos discursos das autoridades durante a abertura nesse ano de 2023, esteve voltado ao fortalecimento do agronegócio – setor o qual, vive momentos difíceis devido as más condições climáticas e crises políticas; altos preços dos insumos e custos em alta; desvalorização dos produtos agrícolas, entre outras dificuldades que refletem no trabalho dos empresários rurais, da porteira para dentro.  

Os diretores da Coocam, João Carlos Di Domenico, presidente; Riscala Miguel Fadel Junior, vice-presidente; e Carlos Emílio Almeida, secretário; recepcionaram as autoridades, durante a abertura oficial. Fizeram parte do cerimonial, representantes de entidades do agronegócio e do setor público: Neivor Canton, presidente da Aurora Coop; José Zeferino Pedrozo, presidente da Faesc; Esperidião Amin, senador da República; Altair Silva, deputado estadual; Valdir Colatto, secretário de agricultura de Santa Catarina; Gilmar Marco Pereira, prefeito de Campos Novos; João Batista Almeida, presidente da Câmara de Vereadores de Campos Novos; Alexandre Alvady Di Domenico, presidente da Aprosoja SC; Jorge Lima, diretor executivo do Sindicarne SC e Luiz Sérgio Gris, presidente do Sindicato Rural.  

Cerca de 800 convidados participaram da edição 2023 do Michuim. Em seu discurso, o vice-presidente da Coocam, Riscala Miguel Fadel Junior, falou sobre  2023, um ano desafiador, enfatizou as crises na agroindústria e insumos, enfim, as inúmeras dificuldades enfrentadas na agricultura e pecuária. Citou a falta de incentivo dos governantes ao agronegócio, não apenas em investimentos, mas, quanto ao apoio a cadeia produtiva. As demais lideranças do cooperativismo também pediram segurança jurídica, atenção dos órgãos governamentais aos empresários rurais e reconhecimento do agronegócio – esfera responsável por grande parte do PIB brasileiro e exportações.  

O Senador Esperidião Amin, falou da complexidade atual em que vivem os brasileiros, dando destaque ao Projeto de Lei do Marco Temporal – tese jurídica em debate há quase 15 anos. “Temos grandes lutas para travar e a mais próxima diante de nós é o Marco Temporal que vai contar com todo nosso esforço, para derrubar o veto presidencial e devolvermos o assunto para a Ordem do Dia em busca de justiça. Isso significa direito e responsabilidade. O Marco Temporal faz parte da vida humana e precisa fazer parte das referências. Todas as Constituições desde a de 1934 até de 1988, estabeleceram o direito às terras no verbo no presente do indicativo, então isso vai se transformar em uma luta interessante para o bem do Brasil e vai ajudar a devolver mais serenidade para a questão do agronegócio que clama pela mínima segurança para o desenvolvimento do setor, como tem sido”, disse Amin.  

O Deputado Estadual, Altair Silva, frisou o ano de 2023 está sendo de muitos desafios aos empresários rurais. “O agro sempre viveu superando as diversidades, ano após ano”. Disse ainda que a voz do agro precisa ser ouvida. “O atual Governo Federal não vê com bons olhos quem gera riqueza nesse país, tratando o empresário rural com desprezo. Isso não é bom para a economia e nem para os brasileiros”. Neivor Canton, presidente da Aurora Coop, destacou que o maior desafio do homem do campo é manter suas atividades. “Ainda não determinamos reduções de cultivos no campo e não desempregamos pessoas para manter os níveis de produções e as famílias, mas, para manter o setor precisamos de muita criatividade. Para levar alimento às mesas dos brasileiros e outras nações, necessitamos dessa continuidade do meio rural. Precisamos buscar as mudanças que nosso país precisa”, comentou Neivor.  

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faesc), José Zeferino Pedrozo, destacou o histórico da Coocam. “Tenho oportunidade de acompanhar desde o início, toda a trajetória da Coocam – a história dessa grande família. Desde a fundação da cooperativa, em 1993, estive em momentos muito importantes. Os anos foram se passando e hoje a Coocam deixou de ser só de Campos Novos e passou ser uma cooperativa nacional”, disse Zezo Pedroso.  

João Carlos Di Domenico, presidente da Coocam, reforçou que o Michuim é uma data esperada por todos os participantes. Sobre a valorização do agronegócio brasileiro, João Carlos acredita que o primeiro passo é saber escolher os governantes, principalmente as lideranças políticas. Para ele os cidadãos precisam agir com sabedoria para um país mais estável e digno para que todos possam compartilhar a riqueza do país. “É da política que vem líderes como Esperidião, que conseguem montar uma estrutura e mudar nossos destinos. Nosso agradecimento as lideranças por terem levantado essa tese de união para resolvermos nossos problemas”, comentou ele sobre os discursos das autoridades durante a solenidade.  

João Carlos Di Domenico ressaltou que os brasileiros precisam saber de seus direitos e deveres. “São tantas normas e leis que não sabemos o que está certo ou errado e isso não pode mais acontecer no país, precisamos de clareza para continuarmos evoluindo, crescendo e se desenvolvendo. Isso está criando problemas em todas as áreas, sejam na segurança, no setor tributário ou jurídico.”, disse João Carlos, completando que uma das grandes dificuldades atual dos produtores está relacionada a logística. “Todo o ano precisamos gastar um pouco mais de nossa soja porque não tem estradas, ferrovias, profissionalismo nos órgãos controladores, falta de mão de obra e portos defasados, ficando muito moroso e caro”, concluiu. 

Fonte: Coocam 

 

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