Evento reúne fruticultores do Sul do Brasil em Chapecó

Fruticultores, estudantes e técnicos de todo o Sul do Brasil  discutiram em Chapecó a cadeia de produção de frutas. O 2º FRUSUL – Simpósio de Fruticultura da Região Sul foi  promovido pela Epagri e outras instituições, com público-alvo pesquisadores, estudantes,  visou busca de aprimoramento e atualização de conhecimentos.

A programação foi composta por palestras e apresentação de trabalhos científicos. Entre os temas debatidos o mercado de frutas, rastreabilidade de vegetais, cobertura vegetal e manejo integral de pragas.

A Epagri vem desenvolvendo em Chapecó um trabalho com porta-enxertos nanicantes. Eduardo Brugnara, pesquisador do Centro de Pesquisa para Agricultura Familiar da Epagri (Epagri/Cepaf) explica que a colheita dos pomares de citros exige em média 27 dias/homem por hectare após o décimo ano.

“Nos pomares adultos, o custo é maior em função da quantidade de produto a colher, mas também do porte alto das plantas, que leva ao uso de escadas. Uma alternativa que vem sendo testada e aplicada para reduzir o tamanho das plantas cítricas são os porta-enxertos nanicantes”, descreve o pesquisador.

A necessidade de mão de obra, principalmente para poda, raleio e colheita, foi um dos problemas que causou a redução de área plantada com citros no Estado. Em 1990, no auge da cultura em Santa Catarina, a área plantada se aproximava de 10 mil hectares, 70%  no Oeste. Na safra 2012/13 esse espaço estava reduzido a 1,8 mil hectares.

O pesquisador da Epagri/Cepaf destaca ainda outras vantagens dos nanicos. “As plantas cítricas nanicas apresentam maior produção de frutos por metro cúbico da copa e permitem elevadas densidades de plantio. Também facilitam a inspeção e manejo de pragas e doenças, e aumentam a segurança na colheita”.

Em Santa Catarina, as principais lavouras permanentes de frutas representaram mais de 55 mil hectares de área colhida, com 14 mil produtores. Na safra 2017/18 o total produzido chegou a 1,5 milhão de toneladas, com valor bruto da produção (VBP) estimado em mais de R$ 1,14 bilhões.

Em 2017, a bananicultura, com 28 mil hectares de área colhida, produziu 732,2 mil toneladas da fruta, aumento de 1% para caturra e queda de 10% para a prata em relação à 2016. Para 2018, a produção foi estimada em 716,7 mil toneladas, com redução de 1,7% e produtividade média de 25,3 mil quilos por hectare.

Já a safra de maçã 2017/18 foi de 574,6 mil toneladas, diminuição de 9% na produção e de 1% na área colhida em relação ao ciclo agrícola anterior. Para a safra 2018/19, a produção está sendo estimada em 577,6 mil toneladas, um aumento de 1,3%.

A produção de uvas comuns, viníferas e de mesa foi de 46,7 mil toneladas em 2017/18, com produtividade média de 14,2 mil quilos por hectare. Esse total representa crescimento de 1% na área colhida e de 3% na produção de uva comum. Por outro lado, a uva vinífera apresentou redução de 17% na área e 40% na quantidade produzida.

A safra do maracujá, que se encerra em junho, está em estimativa de aumento de produção na safra 2018/19, com manutenção das áreas plantadas. A situação é diferente da safra 2017/18, quando houve queda de 33% na produção em relação ao ciclo anterior.

Fonte: Epagri

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