O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, avalia a situação atual do setor orizícola, neste momento de quarentena e isolamento social da população, para conter o avanço do coronavírus (Covid-19).
Velho lembra que houve mudança de comportamento do consumidor e o aumento de preços do arroz neste período. No que diz respeito à elevação dos preços do arroz nesse momento, ele explica que a crise antecipou o aumento, mas ressalta que o custo do arroz na sexta básica do consumidor, mesmo com aumento de preços representa muito pouco no custo final.
“A mudança de comportamento por parte do consumidor no varejo acabou antecipando uma alta no arroz que nós já prevíamos desde outubro do ano passado em função de diversos fatores como, a diminuição de área, e o que vem acontecendo aí com relação ao mercado internacional, com preços mais elevados e também a taxa de câmbio. Mas com relação ao problema do coronavírus então houve uma mudança de atitude por parte do consumidor e pegou a indústria desabastecida, a indústria estava aguardando entrar a safra. Em função desta mudança de comportamento do consumidor a indústria teve que mudar a sua posição e passar por uma posição de compra bastante forte de matéria-prima, e com isso ocasionou aí uma mudança de patamar nos preços do arroz pagos aos produtores. Quero salientar também que o aumento de preços ao consumidor foi em média, em torno de 15%, e de forma alguma isto pesa no orçamento familiar. Uma pessoa que come aí na média de 34 kg de arroz por ano, segundo as últimas pesquisas ela gastaria com arroz a R$ 3,00 , R$ 3,50 o kg gastaria então antes da alta em torno de R$ 6,00 por mês com arroz. Com esta alta ela vai gastar R$ 7,00, R$ 7,50 no máximo por mês com este produto, então isto de forma alguma onera o orçamento pela baixa participação percentualmente falando do arroz na cesta básica o arroz é um alimento nutritivo saudável e muito barato”.
Fonte: Página Rural/Fecoagro