Por Ivan Ramos, diretor executivo FECOAGRO
Neste último programa do ano de 2024, cabe uma reflexão de todos nós. No trabalho, na família, na comunidade, onde quer que estejamos no nosso dia a dia. Como foi o ano de 2024? Já avaliamos o que deu certo e o que deu errado? Já fizemos a mea-culpa para reconhecer nossos erros, nossas omissões, nossa negligência, mas também valorizemos nossas conquistas? Certamente tivemos avanços positivos, mas também tivemos coisas negativas, afinal, fazemos parte de um contexto de ideias diferentes, opiniões variadas, ações complexas, e às vezes pretensões exageradas, egoístas, e daí o porquê de nem tudo que pretendemos, conseguimos atingir.
Será que olhamos com cuidado, sem prepotência, sem exagero, se nosso comportamento foi correto em todas as nossas ações em 2024? Já paramos para analisar se tudo o que dissemos e fizemos foi correto? Pensamos no coletivo, no próximo, nos sucessores, no futuro da nossa família, nossos filhos, nossos netos, na nossa instituição, no emprego que temos, no salário em dia, na boa safra, nos resultados econômicos que conseguimos? Já analisamos se tem alguém que possa nos ajudar no trabalho, na sucessão profissional, para deixarmos nossos cargos sem traumas e reconhecendo a necessidade da renovação e que há mais pessoas que são capazes de nos substituir e não somos os únicos ou insubstituíveis?
Nas propriedades rurais, já pensamos nas sucessões. Quem vai continuar nosso trabalho no campo? Estamos preparando alguém para continuar nosso legado. Nas cooperativas, no sindicato, nas empresas, já paramos para pensar que precisamos ter alguém para nosso lugar, ou achamos que somos únicos? Estamos preparados para deixar a função ou vamos adotar o lema de quem não faz no amor, faz na dor?
Na política: Estamos contentes com o trabalho dos nossos representantes que votamos e apoiamos? Eles estão cumprindo o que prometeram ou estão enganando mais uma vez a população com promessas, com discursos, com mentiras? Você que tinha expectativa de melhoria de vida, com as mudanças políticas, conseguiu melhorar nos últimos anos, ou foi mais uma vez enganado por promessas de políticos interesseiros que só lembram de você em campanhas eleitorais. Conseguiu separar o real do ideológico, do resultado prático?
Como foi o ano para você afinal? Claro que tem coisa boa, mas poderia ser melhor, não é verdade? Mas para isso precisa do esforço de cada um. Deus ajuda, mas para conseguir as coisas precisamos trabalhar, porque afinal, nada cai do céu sem trabalho e dedicação. As Bolsas Família, as cestas básicas, a ajuda governamental interminável, as aposentadorias, podem acabar se não buscarmos outras alternativas que movimentem a economia e gerem arrecadação para serem bancadas. Portanto, senhoras e senhores, senhores governantes e políticos, é tempo de reflexão neste final de ano, e reconheçamos nossos erros, nossa omissão, nosso egoísmo e valorizemos nossos acertos, e partamos para o próximo ano. Errar, certamente é humano, mas permanecer no erro é burrice, portanto, mão na consciência e barco pra frente, porque atrás vem gente. Pense nisso e Feliz 2025.
Fonte: Fecoagro