O Governo Federal quer adotar ações em diferentes frentes para ampliar a produção e a oferta de alimentos, reduzindo o custo desses produtos para os brasileiros. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou que não haverá congelamento de preços, tabelamento, fiscalização nem rede estatal de supermercados ou lojas para vender produtos. “Isso não existe e sequer foi apresentado em nenhuma reunião”, afirmou.
Segundo Rui Costa, uma das ações em análise é a diminuição da alíquota de importação de mercadorias que estejam mais caras no Brasil do que no mercado externo. “Se os preços desses produtos no mercado internacional estiverem mais baixos do que no mercado nacional, após essa análise que faremos, eles poderão ter rapidamente reduzida a alíquota de importação. Não se justifica estarmos com preços acima do patamar internacional”, detalhou o ministro.
De acordo com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o governo continuará empenhado no estímulo ao aumento da produção de alimentos no Brasil e à consequente estabilidade de preços. Além disso, há expectativa de que a safra 2024/2025 seja recorde, o que pode impactar uma eventual redução dos preços dos alimentos. “O presidente determinou que a gente já comece a discutir medidas de estímulo, um novo Plano Safra que incentive ainda mais, principalmente, os produtos que chegam à mesa da população”, ressaltou.
Do ponto de vista da agricultura familiar, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar reforçará as ações de apoio aos pequenos agricultores, como a oferta de crédito acessível, com foco nos alimentos que compõem a cesta básica dos brasileiros.
Já o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária no Congresso, deputado federal Pedro Lupion (PR), criticou as medidas do governo para combater o aumento dos preços dos alimentos.
“A ideia de diminuir tarifas de importação de gêneros alimentícios é mais uma medida desesperada e mal pensada do governo, que insiste em ignorar os problemas macroeconômicos, o controle inflacionário, o câmbio descontrolado e o gasto público exorbitante”, declarou Lupion em nota à imprensa.
De acordo com o deputado, medidas de corte de gastos públicos seriam mais eficientes, e o Executivo federal não teria “capacidade e compromisso em cortar seus próprios gastos”.
Fonte: Fecoagro