Concluído o plantio das culturas de inverno em SC, os agricultores começam a se programar para o plantio de verão, que é o principal em nosso estado. Entretanto, nesse ano está havendo um retardamento por parte do agricultores, na definição das compras dos insumos para as lavouras. O exagerado aumento de preços dos fertilizantes nos últimos dois anos e a redução que vem ocorrendo neste ano, está deixando o agricultor indeciso na hora de comprar, sempre na expectativa que o preço caia ainda mais. As cooperativas e entidades do agro vêm advertindo aos consumidores que a queda de preços dos adubos está relativamente ligada a queda dos preços dos grãos, embora a velocidade de redução não tenha o mesmo tempo. Os grãos de modo geral têm caído, e os especialistas têm afirmado que ainda tem espaço para cair mais para nivelar os preços históricos de antes da crise.
Os agricultores por sua vez, têm expectativa de aumento dos preços dos grãos aos níveis máximos já atingidos. Pelo que se fala, não parece existir nenhum indicativo para que isso aconteça, pois segundo operadores do mercado, a situação atual é diferente dos anos anteriores onde o clima atrapalhou a produtividade e a oferta mundial ficou escassa, procura elevada e os preços ficaram acima da realidade.
No que diz respeito aos fertilizantes, os principais produtos já estão com seus preços equiparados a antes da crise, e os fornecedores de matéria prima têm afirmado que se baixar mais, ficara inviável e as fábricas poderão ser paralisadas para segurar os preços através da redução de oferta. Outra preocupação que está nos meios do mercado de fertilizantes é a capacidade de produção das fábricas. Há limitações na capacidade de produção, e o retardamento nas definições de compras poderá provocar concentração de chegada e as indústrias não têm capacidade de produzir. Isso provocará redução de oferta e consequente aumento nos preços, sem falar na possibilidade de falta o produto.
É plenamente compreensível que o agricultor queira aguardar para tentar comprar insumos por menores preços; e vender os grãos por mais, mas há de se entender que não há nenhuma garantia que isso acontecerá, portanto, se precaver com os insumos agora, já que a relação de troca ainda é positiva, seria a medida mais acertada, mesmo que não fosse no volume total de suas demandas.
Esperar demais pode ficar tarde, e as consequência de não dispor dos insumos na hora certa, poderá provocar consequências muito mais desagradáveis. As cooperativas estão recomendando aos associados para que não esperem por muito tempo para definir suas compras, pois existe pouca possibilidade de cair expressivamente os preços e pode isso vir a faltar na hora necessária. A decisão está nas mãos dos agricultores. Pense nisso.
Fonte: Fecoagro