Já está disponível nas cooperativas o troca-troca de semente de milho de 2022

Com a presença do secretário da Agricultura Ricardo Miotto, Presidente da Epagri, Giovani Canola Teixeira; presidente da Cidasc, Junior Kunz e de lideranças da região do planalto norte catarinense, foi dado início nesta terça feira, em Canoinhas, o programa Terra Boa, o Troca-troca de semente de milho para a safra 2022/2023. A Fecoagro, que coordena o programa em abrangência estadual, foi representada pelo secretário do Conselho de Administração, Cládis Jorge Furlanetto. O evento aconteceu no auditório do Sicoob Credicanoinhas, e contou com a  participação de expressivo número de agricultores, técnicos da Epagri, das cooperativas e de lideranças do agro da região. O presidente da Cooperalfa, Romeo Bet também esteve presente e a cooperativa que atua na região foi parceira no lançamento no planalto norte.

Na edição deste ano, o Troca-troca terá um aporte maior de recursos do que nos anos anteriores. Serão R$ 105,2 milhões para apoiar a aquisição de sementes de milho, calcário, kits para melhoria de pastagens e do solo, além do incentivo à apicultura, à meliponicultura e ao cultivo de cereais de inverno.

O aporte disponibilizado em 2022 é 86% superior em relação a 2021, embora parte desse valor esteja sendo prejudicada devido ao aumento dos custos das sementes, do calcário e do frete do calcário. O programa de sementes de milho contempla 5 grupos de sementes à escolha do produtor. É pago com o produto da colheita no sistema de troca. O agricultor pode pagar a semente em produto ou em dinheiro com base num preço previamente definido para o milho colhido. Quanto maior a tecnologia usada, mais  produtividade e subsídios oferecidos pelo governo do Estado. Estão disponíveis sementes na troca de 4 por um; 9 por um; 15 por um, 20 por um e 25 por um. Isto é, para cada saco de 20 kg de semente, o agricultor deve devolver o volume de milho consumido de acordo com a sua opção de tecnologia. Cerca de 70 mil pequenos agricultores têm participado anualmente do programa.

Segundo a Fecoagro, que coordena o programa há mais de 20 anos junto às cooperativas credenciadas a distribuir a semente, a cada ano tem aumentado o interesse dos agricultores em utilizar semente de maior tecnologia. Mesmo custando mais caro, o resultado em produtividade tem sido vantajoso para o agricultor utilizar sementes mais produtivas.

Uma inovação foi levada pela Fecoagro ao então secretário Altair Silva,  que seria ampliar o volume de sementes que cada agricultor possa retirar no programa. Hoje só é permitido até 5 sacos por agricultor e ele precisa estar enquadrado como agricultor familiar e nas regras do Pronaf. Neste ano ainda não foi atendido o pleito, mas se pretendemos aumentar a produção de milho em SC, temos que abrir mais para que outros agricultores possam aderir e não apenas os pequenos, portanto essa mudança precisa ser perseguida. A pendência das mudanças segundo o governo, está na disponibilidade de recursos. Para ampliar o volume de sementes e de calcário, será necessário mais recurso para o subsídio, já que o governo através das agroindústrias subsidia parte dos custos das sementes e do calcário.

Segundo a Fecoagro, para Tesouro Estadual é mais econômico estimular produção de milho e cereais de inverno dentro do estado, do que perder ICMS, trazendo produtos de outros estados. Cálculos feitos pela Fecoagro, antes da elevação atual dos preços do milho, isto é, quando o milho custava R$ 40,00 por saco, o estado perdia anualmente mais de R$ 1 bilhão de ICMS ao ter que trazer milho de outros estados. Nos preços atuais as perdas podem dobrar.

Também precisa que seja estimulado o plantio de sementes de alta tecnologia, para se obter mais milho na mesma área. O custo da semente de alta tecnologia é mais elevado, mas a produtividade compensa, se forem adotados todos os tratos culturais recomendados pelos técnicos das cooperativas e da Epagri. Os subsídios para quem usa melhor tecnologia são maiores e isso também pode estimular a adoção de sementes de ponta.

No que diz respeito à mudança do volume por agricultor e abertura para os não integrantes do PRONAF, é necessário que o governo do estado faça um estudo para implementar no próximo ano.

O cooperativismo também pleiteia que o Programa Terra Boa seja normatizado por Lei, com recursos assegurados, para não precisar em cada ano ter que ir em busca de recursos para essa finalidade, ficando sempre nas mãos do secretário da Fazenda, que define se é prioridade ou não.

Fonte: Fecoagro

 

 

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