O agro sustenta o mundo

Daniela Reinehr, deputada federal – SC

Como parte significativa do motor econômico brasileiro, o agronegócio se destaca. Atualmente, é responsável por cerca de 27% do Produto Interno Bruto (PIB) de nosso país. No entanto, vai além: o setor se solidifica cada vez mais como um pilar de segurança alimentar global, fornecendo produtos essenciais para o mundo inteiro.

Em 1960, a América Latina tinha um mapa econômico significativamente diferente: a Argentina representava 38% do PIB regional, o Brasil contava com 26,4% e a Venezuela contribuía com 12%. Contudo, o panorama atual é drasticamente distinto. O Brasil, hoje, responde por expressivos 50% do PIB regional, enquanto a Argentina viu sua participação cair para 15% e a Venezuela, infelizmente, despencar para meros 1,3%.

Não custa lembrar que os dois vizinhos citados acima vêm sendo comandados, há décadas, por partidos comunistas.

Essa metamorfose econômica brasileira é a prova inconteste da eficácia do nosso modelo. Valorizamos o empreendedorismo, a inovação, iniciativa privada, cooperativismo e o associativismo estimulando a competência de nosso setor produtivo. No entanto, não podemos nos acomodar ou permitir qualquer forma de retrocesso.

É necessário olhar ao redor e aprender com o panorama da América Latina. Enquanto o Brasil prosperou e cresceu, muitos dos nossos vizinhos não conseguiram manter o ritmo e reduziram sua relevância. Nesse sentido, não podemos ignorar a influência de organismos como o Foro de São Paulo na condução política e econômica de diversas nações da região.

Esta perda de importância é frequentemente atribuída ao capitalismo de estado, no qual governos excessivamente grandes e partidos políticos controlam a economia. Vide Venezuela e Argentina. Em vez de permitir que o setor privado, a verdadeira força motriz de qualquer economia robusta, tome a iniciativa, optam por estratégias que muitas vezes sufocam o empreendedorismo e a livre iniciativa. Não raro, demonizam e atacam de todas as formas quem trabalha e produz.

No Brasil, precisamos ter clareza quanto ao papel do Estado. Seu foco deve estar nas áreas essenciais: infraestrutura, educação, saúde e segurança. O restante deve ser deixado para a iniciativa privada, responsável por gerar empregos, inovação e riqueza.

É esse equilíbrio que permitirá ao Brasil continuar sua trajetória ascendente, garantindo não apenas nossa estabilidade econômica, mas também nossa contribuição para a segurança alimentar global. O setor produtivo rural brasileiro é um exemplo de sucesso, de economia consciente e sustentável de como a iniciativa privada pode, e deve, ser a protagonista em nosso desenvolvimento econômico.

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