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O Brasil e a produção de alimentos

VANIR ZANATTA, Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC) 

Nenhum outro país no mundo produz alimentos com a eficiência do Brasil. Eficiência que transparece na abundância – que assegura o abastecimento da Nação e a geração de excedentes exportáveis – e, também, nos preços acessíveis à população. Em outras palavras: ninguém, salvo raras exceções, oferecerá alimentos mais baratos que o nosso País. 

A precificação dos alimentos tem causas multifatoriais e está submetida às leis do mercado, influenciada sempre pelo nível de oferta e de procura para cada produto. A agricultura e a pecuária são os segmentos do setor primário da economia afetados pelo clima, pelo mercado, pelas questões sanitárias, pelo câmbio e pelas políticas públicas, entre outros fatores. 

Cheias severas no sul e estiagem no centro-oeste afetaram a produção brasileira de grãos, ovos e frutas, decretando menor oferta de alguns produtos e, por consequência, seu encarecimento.  Mas não foi só isso que impactou o setor. O aumento do custo da energia elétrica e dos combustíveis atingiu em cheio o produtor rural. O diesel e a gasolina nas alturas impactam toda a economia e vergastam a produção agropecuária. 

A esses percalços circunstanciais se somam os crônicos problemas de infraestrutura com as más condições das rodovias vicinais, internet ruim no campo, pouca ou insuficiente rede trifásica de distribuição de energia elétrica, escassez de mão de obra no campo etc. 

Todos esses aspectos somados são partes do “custo Brasil” que encarece a produção de alimentos, que, também, está sujeito aos distúrbios na oferta de insumos – fertilizantes, sêmen, sementes, defensivos agrícolas etc. – submetidos aos preços internacionais, agravados pelas crises e conflitos bélicos. 

Podemos afirmar com orgulho que o Brasil é o país que mais contribui para a alimentação do planeta, produzindo para alimentar 1 bilhão de pessoas. O Brasil tem a maior evolução da área plantada do mundo e sua produção de grãos está dobrando de tamanho em tempo cada vez menor. Levou 28 anos para atingir 100 milhões de toneladas, mais 14 anos para atingir 200 milhões e apenas outros oito anos para chegar a 300 milhões. Projeções indicam que o Brasil ultrapassará as 600 milhões de toneladas/ano em 2035. Tudo isso com a maior reserva ambiental do mundo financiada e sustentada pelo produtor brasileiro que não recebe nenhum centavo e arca com o maior custo da preservação. 

Em face dessa realidade é fácil concluir que o mundo não pode viver sem o Brasil, que se tornou o maior exportador líquido de alimentos do Planeta: entre o que importa e o que exporta de alimentos, a balança é positiva em cerca de 170 milhões de toneladas/ano. 

Nesse contexto é razoável não se esperar, da decisão governamental de zerar os impostos sobre a importação de alimentos, efeitos expressivos na redução dos preços. Embora os custos de produção no exterior sejam comprovadamente menores do que no Brasil, não será fácil encontrar lá fora alimentos mais baratos do que os produzidos aqui, internamente. 

A superação desse episódio de encarecimento temporário de alguns alimentos será, mais uma vez, conquistada pelo mercado, com a colheita das novas safras e a regularização da dinâmica da oferta e da procura. Continuaremos a impactar positivamente o mundo, reduzindo o percentual de desnutrição pelo efeito da oferta de alimentos e pelo impacto dos preços que caem a medida que a produção aumenta. Mérito, mais uma vez, das cooperativas agropecuárias, produtores e empresários rurais, agroindústrias – enfim, toda a cadeia do agronegócio verde-amarelo. 

Fonte: MB Comunicação