Porto de São Francisco é responsável por 7% dos fertilizantes importados pelo Brasil

O Porto de São Francisco do Sul desempenha um papel importante na importação brasileira de fertilizantes. Nos primeiros nove meses deste ano, o complexo portuário do Norte catarinense já recebeu 1,9 milhão de toneladas de adubo, o que representa 7% do total importado pelo país nesse período (28,5 milhões de toneladas). O produto, que é utilizado para melhorar a produtividade e a qualidade da agricultura, tem como principal provedor a Rússia (23%), seguida pelo Canadá (15%), China (10%), Estados Unidos (7%) e Marrocos (7%). O restante dos fertilizantes é originário de países do Oriente Médio, como Omã, Arábia Saudita e Irã. 

Segundo informações divulgadas pela administração do Porto, desde janeiro, o Porto recebeu 69 navios com fertilizantes, que levaram entre dois e cinco dias para descarregar, em média, 27,5 mil toneladas do produto cada um. O expressivo número de embarcações que escolhem São Francisco para descarregar fertilizantes é devido à agilidade que o Porto oferece. “O tempo de espera dos navios, em alto mar, para entrar em São Francisco é de 10 dias, em média, muito inferior a outros portos da região”, explica o gerente de Operações, Clayton Cipriano, acrescentando que os fertilizantes que chegam ao maior porto catarinense têm como destino Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, além de Santa Catarina. O processo de desembarque das cargas também foi acelerado a partir de julho, quando o Porto abriu um novo acesso, que aumentou a capacidade de movimentação de caminhões no Porto, de 500 para 1,5 mil veículos por dia. 

De acordo com Danilo Rosa, gerente da Zport, empresa de operações portuárias que atua em São Francisco do Sul, o novo gate agilizou em torno de 30% a descarga dos navios de fertilizantes. “Por exemplo, em condições normais eram necessárias cerca de 34 horas para descarregar 10 mil toneladas de fertilizantes. Hoje com os novos gates temos uma efetividade maior, podendo descarregar 10 mil toneladas em até 24 horas”, explica ele. 

No entanto, ao longo deste ano, houve uma diminuição no desembarque de fertilizantes. No primeiro semestre de 2023, houve uma queda de 14,5% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo informações do Globo Rural. Essa tendência foi confirmada em setembro no Porto de São Francisco, que recebeu 216 mil toneladas do adubo, uma redução de 16% em comparação com o mesmo mês do ano passado (256 mil toneladas). A expectativa, no entanto, é que a importação aumente até o final do ano, devido à perspectiva de uma nova supersafra no próximo ano. 

A importação de fertilizantes pelo Porto de São Francisco do Sul, em 2023, movimentou cerca de US$ 800 milhões (R$ 4 bilhões), levando em consideração o valor médio de US$ 405 por tonelada, negociado ao longo do ano. Segundo o Canal Rural, o preço do adubo foi diminuindo nos últimos meses. O valor médio pago por tonelada em setembro foi de US$ 308, 50% menor que os US$ 621 por tonelada desembolsados em setembro de 2022. 

Os fertilizantes, que não pertencem à família dos agrotóxicos, são compostos químicos utilizados na agricultura para fornecer nutrientes ao solo e aumentar a produtividade. Eles são essenciais para as plantações de milho, soja, arroz e trigo. O adubo, em pequenas bolinhas (similar às de isopor), é produzido artificialmente em fábricas, que fazem a mistura de elementos minerais como nitrogênio, fósforo, calcário e potássio. 

Fonte: Ascom Porto PSFS/Agência Catarinense de Notícias 

 

Leave a Comment