Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos faz balanço do ano na suinocultura

Ao comparar 2023 com 2022, na comercialização das carnes suínas, o presidente da ACCS Losivanio De Lorenzi observou que a taxa de câmbio permaneceu relativamente estável, mas as exportações aumentaram em cerca de 10%, atingindo 1.118.000 toneladas. Em uma análise abrangente sobre o ano de 2023 na suinocultura, o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), destacou os desafios enfrentados pelo setor.  

O alto custo de produção, preços desfavoráveis aos produtores, excesso de oferta e dificuldades financeiras nos frigoríficos foram alguns dos obstáculos enfrentados ao longo do ano. Lorenzi ressaltou que, apesar da queda nos preços dos insumos na segunda metade do ano, a redução não foi suficiente para gerar receitas satisfatórias para os produtores, devido à diminuição dos preços do suíno. “O mercado, embora promissor, foi impactado pelo excedente de produção, resultando em um ano desafiador para a suinocultura”, revela.  

O presidente da ACCS enfatizou que, apesar do recorde nas exportações, a concentração em mercados específicos, como a China, representa um risco significativo. Ele ressaltou a importância de diversificar os destinos das exportações para evitar vulnerabilidades em caso de mudanças bruscas nos mercados. 

Lorenzi também abordou questões políticas e regulatórias, destacando a necessidade de políticas públicas para promover energias renováveis e abordar desafios logísticos, como a falta de ferrovias. Além disso, ele expressou preocupação com a falta de sucessores na agricultura, citando a necessidade de mudanças nas leis trabalhistas e maior apoio político ao setor agrícola. Diante desses desafios, Lorenzi projetou um futuro mais promissor para 2024, enfatizando a importância de uma abordagem unificada para superar as adversidades.  

Ele destacou a necessidade de líderes políticos comprometidos com o agronegócio e enfatizou a importância da conscientização sobre a qualidade e sustentabilidade da carne suína. “Nosso compromisso enquanto ACCS é enfrentar os desafios e contribuir para o desenvolvimento sustentável da suinocultura, buscando soluções práticas e eficazes para garantir um futuro mais promissor”, finaliza. 

Fonte: O Presente Rural 

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