Produção brasileira de milho deve aumentar, porém custos continuam sendo desafios

No Brasil, muitos insumos, como máquinas e sementes, são importados, o que faz com que os  custos de produção  variem com a volatilidade da moeda nacional.

De acordo com o relatório de atualização do mercado de grãos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a previsão de produção de milho para o ano de comercialização 2022/23 aumentou para 120 milhões de toneladas métricas  com base na forte demanda, aumento dos preços nos mercados doméstico e internacional e diminuição da incerteza sobre a disponibilidade de fertilizantes.

O relatório aponta que área de Plantio, Produção e Rendimento 2022/23 continuam trazendo boas previsões. O Brasil mantém a previsão de área de milho para 2022/23 (março de 2023 – fevereiro de 2024) em 22,5 milhões de hectares, continuando a tendência de alta esperada dos 21,7 milhões de hectares em 2021/22. A forte demanda por milho da pecuária doméstica e da indústria avícola, os altos preços de exportação e a diminuição da incerteza sobre a disponibilidade de fertilizantes motivam os produtores a continuar investindo na produção de milho.

Com o aumento dos preços do milho nos mercados doméstico e internacional, a produção de milho deve continuar alta para a próxima safra no Brasil. A análise feita pelo USDA é baseada na alta taxa de retorno da cultura, disponibilidade de terras no país e maior clareza na disponibilidade de fertilizantes.

O Brasil importa 85% de seus fertilizantes, principalmente da Rússia, Canadá, China, Marrocos, Estados Unidos e Bielorrússia. O medo inicial de que o Brasil ficasse sem fertilizantes por causa das sanções do ano passado contra a Bielorrússia e o atual conflito na Ucrânia não se concretizou. De fato, em maio de 2022, o Brasil importou 35% mais fertilizantes do que no mês anterior e apresentou um aumento de 63% nos fertilizantes importados da Rússia em maio, em relação a abril de 2022.

Fonte: Avicultura Industrial.

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