Setor agrícola reclama das dificuldades do seguro rural

Lideranças do setor agropecuário de SC estão descontentes com o desempenho do seguro rural do Governo Federal. Além da insuficiência de recursos para cobrir a demanda, também há grandes dificuldades de acesso ao seguro, e pouca cobertura nas culturas de SC. Esse foi o tema principal de uma reunião realizada na última quinta-feira, na sede da Faesc, em Florianópolis, coordenada pela Comissão Consultiva de Entes privados do Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural, da CNA.

Diversas entidades ligadas ao agronegócio, bancos, corretoras, sindicatos e agricultores relataram os problemas encontrados na execução do programa de seguro do Ministério da Agricultura. Custo de taxas muito elevado, baixa cobertura de sinistros, dificuldades de acesso aos recursos, consideração de produtividade inadequada com a realidade, desinteresse de muitos produtores devido às dificuldades na contratação, foram os principais problemas levantados.

Cada cultura agrícola com seu problema e resultado positivo muito pouco, cabendo o agricultor ficar sempre com o risco, afirmam os ruralistas.  A Comissão da CNA veio ao Estado para ouvir as queixas e depois levar ao Governo Federal. Já vem fazendo isso em outros estados. Está levando de SC uma série de reclamações, quase todas com características específicas devido às culturas e estrutura fundiária aqui existentes, especialmente na área de fruticultura, olericultura e produção de arroz.

Ficou claro que para que o seguro seja atrativo e garanta renda ao agricultor num eventual sinistro de safra, há necessidade de melhorar a cobertura, e reduzir as taxas nos custos. A participação dos governos de estados e municípios nos subsídios do seguro rural também foi uma conclusão do grupo. As lideranças enfatizaram que há necessidade de sensibilização dos governos federal e estadual para que subsidiar o custo do seguro é muito mais econômico do que cobrir eventuais perdas de safra, pois essa prejudicará toda a economia e a arrecadação do Poder Público, além dos problemas sociais para os atingidos.

Fonte: Fecoagro

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