Por Ivan Ramos, diretor executivo Fecoagro
“A união faz a força.” Esse slogan é eterno. Só não acredita o individualista, o egoísta, ou o ignorante. No cooperativismo, ele está ainda mais presente. Os objetivos de uma cooperativa, de primeiro ou segundo grau, isto é, singulares, centrais ou federações, devem sempre buscar resultados coletivos, no esforço de cada um. Unanimidade não existe, mas a proximidade dela deve ser sempre o norte de seus líderes ou dirigentes. Isso vale em qualquer atividade, negócio ou convivência humana. SC tem sido citada por lideranças locais e de fora do estado como exemplo de integração e intercooperação, embora não seja reconhecida por todos que têm alguma participação ou ligação com o sistema. Mas, de novo, a unanimidade não existe. Pior para quem não acredita ou teme a integração e intercooperação. Em nosso cooperativismo, já temos exemplos concretos de intercooperação e integração, não apenas nos resultados da Fecoagro ou da Aurora Coop, mas em outros segmentos organizados. Entretanto, precisamos entender que a união precisa ser espontânea. Nada forçado e nem criticado negativamente se alguém não deseja se integrar completamente.
O que quero ressaltar hoje é o exemplo de integração das entidades do agro em nosso estado. Não é de hoje que mantemos o Fórum Permanente das entidades do agro, que se têm reunido e agido conjuntamente na defesa dos interesses de seus liderados em diversos segmentos do agro. O fato mais recente foi registrado há poucos dias. Sete das principais entidades do setor agropecuário se reuniram para discutir e propor encaminhamentos para diversos temas. O calendário de plantio de soja, os problemas da importação de leite do Mercosul, a intenção de liberação da entrada de animais vivos em SC sem rastreabilidade, as possíveis alterações na Lei Cooperativista, contrariando a Lei Federal, e até a estrutura operacional da Secretaria da Agricultura, foram assuntos levantados e propostos aos canais competentes das autoridades. Nem tudo interessava a todos das entidades, mas sim à ponta final, o agricultor. O importante é a união de todos, sem interesses individuais, sem ninguém querendo ser o único pai da criança, mas sim defender a criança. É assim que se age em conjunto, pegando junto. Aqueles que temem ficar apagados, sem holofotes, certamente não estão preparados para a função, e em determinado momento desaparecerão do grupo automaticamente.
Se as entidades do agro de SC continuarem unidas, com certeza terão sempre o reconhecimento do agricultor, do Poder Público e da comunidade em que atuam. Parabéns à Faesc, Fetaesc, Ocesc, Fecoagro, Sicoob, Sindicarne, Acav e Sindileite pelo espírito de união. Nunca nos esqueçamos de que a união faz a força e que juntos somos mais fortes. Pense nisso.
Fonte: Fecoagro
